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sábado, 13 de agosto de 2011

CUIDADO COM OS SINAIS DE TERROR POLÍTICO


Cuidado com os sinais que colocam em causa o exercício da democracia e a liberdade de circulação. Cuidado não só com as ofensas verbais e pessoais tal como as agressões físicas. Cuidado com o estabelecimento de um clima de medo. Cuidado com o que vem a caminho com a proximidade do acto eleitoral de Outubro. Sacudir, por agora, as responsabilidades significa ser cúmplice de tudo o que venha a acontecer. Simplesmente porque há gente que não está preparada para ser oposição. Nunca foram, nunca passaram por esse estágio e, por isso, não têm a capacidade de tolerância, de cumprimento das regras que todos nós, escrupulosamente, devemos respeitar.


São óbvios os sinais de terror político. Ontem foi, apenas, mais um, muito grave, o qual, por agora, me escusarei comentar. Ficará para depois. Mas, há dias, foi, novamente, esse jovem da JSD, que deveria ser exemplo para a juventude, a desafiar e a ser mal educado para com o Magistrado Dr. Paulo Barreto, Delegado da Comissão Nacional de Eleições. "Pôr no meio da rua o delegado da Comissão Nacional de Eleições" constitui um desaforo de quem não levou umas palmadas no tempo certo. Há actuações que só possíveis por uma educação deficitária associada a um ambiente político que o favorece e potencia. Todos temos o direito de discordar, mas a forma têm, obrigatoriamente, de ser adequada às responsabilidades. Naquele desabafo, parece-me óbvio que, por detrás, estão adultos que não podendo dizer certas coisas, eventualmente, colocam outros a dizer.
Aliás, estamos a viver um clima, em crescendo de temperatura, que configura um certo e preocupante terror político. Os sinais, uma vez conjugados, querem dizer que a Madeira caminha no sentido do conflito, ao jeito de nós ou eles, situações essas perpetradas por personalidades que têm uma visão estrábica da democracia. Eu sei que os interesses partidários e de grupos sentados à mesa do orçamento são gigantescos. Eu sei que, para muitos dessa rede tentacular, é difícil aceitar a correcção dos processos, isto é, de aceitar a normalização das situações marcadamente anormais, mas isso faz parte da Democracia, da alternância, dos projectos políticos sufragados. Mas daí à ofensa e até à agressão, regresso ao princípio para dizer que alguém terá, obrigatoriamente, de meter isto na ordem. Há instituições caladas, assobiando para o lado como se tudo fosse normal e dentro dos limites da razoabilidade discursiva. Um Magistrado é ofendido e um outro Magistrado na qualidade de Representante da República cala-se como se nada tivesse acontecido. Estranho não me parece que seja, pois que esse silêncio significa tolerância excessiva e uma proximidade ao poder regional que deveria ser evitada. Parece-me que o Senhor Representante da República, com todo o respeito institucional e pessoal, não quer ser juiz, não quer exercer o seu magistério de influência na normalização democrática, e esse posicionamento não me parece o mais adequado. O lugar institucional existe não apenas para determinar a legalidade e/ou inconstitucionalidade das leis produzidas, mas como garante do exercício pleno e correcto da Democracia tal como a Constituição da República determina. Ele que é o representante do Senhor Presidente da República. Julgo que tem esse dever de ser a figura atenta e incentivadora do respeito pela normalidade democrática.  
Há dias foi a expressão "pôr no meio da rua o delegado da Comissão Nacional de Eleições" e antes tinha sido um desrespeito pela autoridade policial. Não me apercebi, tal como em outros momentos, de um sinal de preocupação, por mais subtil que fosse. Esta madrugada uma determinada situação voltou a ser muito grave. Por outro lado, o discurso sénior está cada vez mais radicalizado, onde se ofende tudo e todos, como se esta fosse uma terra de um país sem lei. Cuidado com os sinais de terror político. Cuidado com os sinais que colocam em causa o exercício da democracia e a liberdade de circulação. Cuidado não só com as ofensas verbais e pessoais tal como as agressões físicas. Cuidado com o estabelecimento de um clima de medo. Cuidado com o que vem a caminho com a proximidade do acto eleitoral de Outubro. Sacudir, por agora, as responsabilidades significa ser cúmplice de tudo o que venha a acontecer. Simplesmente porque há gente que não está preparada para ser oposição. Nunca foram, nunca passaram por esse estágio e, por isso, não têm a capacidade de tolerância, de cumprimento das regras que todos nós, escrupulosamente, devemos respeitar. 
Ilustração: Google Imagens.

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