Adsense

domingo, 14 de agosto de 2011

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA ENTRE O "PRÁ FRENTE, SEMPRE" E O "RIGOR, COMPETÊNCIA E ESPERANÇA"


Não faz sentido, apesar do peso da crise, de todos os constrangimentos que estamos a passar, que no quadro da Autonomia Política e Administrativa, não se estabeleçam paradigmas de crescimento e de desenvolvimento geradores de riqueza. Somos uma pequena população de 260.000 pessoas, pelo que é possível organizá-la, em todos os sectores, áreas e domínios de actividade, em uma perspectiva conducente à realização pessoal e colectiva.


Um novo olhar para o futuro
A 9 de Outubro, com o respeito que nutro por todas as restantes candidaturas, a questão central é a de uma escolha entre o significado e a postura política que emergem de dois slogan's de campanha: "Prá frente, sempre" (PSD) e "Rigor, Competência, Esperança" (PS). Do primeiro sabe-se o que resultou: uma colossal dívida, desemprego, pobreza e uma situação muito grave e preocupante, isto é, a captura da sociedade por um grupo que tudo faz para que os seus tentáculos de poder a manietem e a subjuguem aos seus interesses partidários. O segundo, fala de rigor e competência, exactamente, daquilo que tem faltado à Região ao longo de muitos anos. Fala também de esperança numa Região equilibrada, de paz social, de trabalho e de construção de uma riqueza que possa ser distribuída.
Hoje a Região não tem nada para distribuir. Cada madeirense, em função da dívida, deve cerca de € 27.000,00. Uma dívida que terá de ser paga ou "perdoada", em parte, se houver políticos credíveis, capazes de uma negociação séria e que não utilizem, sistematicamente, a chantagem e a agressão verbal para com aqueles com quem temos de negociar. Eu acredito nessa possibilidade, nesse retorno à normalidade democrática, a uma sociedade que saberá entender o fim de um ciclo e a construção de um outro onde as palavras rigor e competência sejam a chave de um processo de esperança em melhores dias.
Não faz sentido, apesar do peso da crise, de todos os constrangimentos que estamos a passar, que no quadro da Autonomia Política e Administrativa, não se estabeleçam paradigmas de crescimento e de desenvolvimento geradores de riqueza. Somos uma pequena população de 260.000 pessoas, pelo que é possível organizá-la, em todos os sectores, áreas e domínios de actividade, em uma perspectiva conducente à realização pessoal e colectiva. Há exemplos de sucesso por esse mundo fora, no campo da economia, da educação e da protecção social. A pobreza não é uma fatalidade, sendo certo que existirá sempre e pelas mais diversas razões, grupos que não descolam dessa dolorosa situação. Mas podemos tornar esses valores residuais combatendo, sistematicamente, esse fenómeno. E o melhor caminho e o mais seguro é o de uma Educação séria e exigente. Não podemos continuar com uma escola com muita "tralha" que obstaculiza o desenvolvimento de processos portadores de futuro. A Escola constitui a única forma de romper com o círculo vicioso da pobreza. Por outro lado, não podemos continuar com uma protecção social dependente da Segurança Social Nacional. O nosso orçamento regional tem de ir ao encontro dos pobres, dos idosos, dos desempregados e das crianças que não tiveram culpa de terem nascido pobres. Há que dar, nesta fase, a cana e o peixe! 
Não entender o que está em causa perfila um sentido egoista e eu, por aí, não vou.
Ilustração: Google Imagens.  

Sem comentários: