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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

RUA


Deveria servir de exemplo para todos os eleitores esta trágica experiência de 35 anos absolutos. Ninguém deve estar agradecido pelos túneis ou pelas restantes obras públicas. Na política não há lugar a agradecimentos. Quem está tem o dever de cumprir e, no aspecto das obras, deveriam lembrar-se que quando há dinheiro empreiteiros não faltam. O problema é outro: a grande obra, essa obra no ser humano, deixando-o com competências para a vida, ficou por fazer. É por isso que hoje temos uma sociedade assimétrica, pobre e dependente. Há um culpado. No dia 9 de Outubro espero que o povo delibere a sentença.  

Escrevo enquanto cidadão, com convicções políticas, é certo, mas sobretudo com o senso da realidade a que chegámos. Qualquer político ou partido, envolvido em manobras financeiras muito pouco transparentes, condenadas pelos parceiros nacionais e internacionais, no próximo acto eleitoral, com alguma sorte, não atingiria os 10%. É o que se passa lá fora, nas democracias consolidadas e adultas. Não sei o que por aqui acontecerá em Outubro, mas dúvidas não me restam que esta gente do PSD tem de ser colocada, urgentemente, na oposição, pelo que fizeram e pelo que não fizeram. O endividamento, que deixará as próximas gerações a pagar essa penosa factura da loucura inauguracionista e o lastro que deixaram de pobreza, desemprego e de analfabetismo funcional, que obstaculizará, por muitos anos, a capacidade de resposta adequada aos desafios que temos de vencer, estes dois aspectos, sublinho, criminosos do ponto de vista social, não devem ter perdão no dia que os madeirenses forem chamados a votar.
Deveria servir de exemplo para todos os eleitores esta trágica experiência de 35 anos absolutos. Ninguém deve estar agradecido pelos túneis ou pelas restantes obras públicas. Na política não há lugar a agradecimentos. Quem está tem o dever de cumprir e, no aspecto das obras, deveriam lembrar-se que quando há dinheiro empreiteiros não faltam. O problema é outro: a grande obra, essa obra no ser humano, deixando-o com competências para a vida, ficou por fazer. É por isso que hoje temos uma sociedade assimétrica, pobre e dependente. Há um culpado. No dia 9 de Outubro espero que o povo delibere a sentença. Ilustração: Google Imagens.

3 comentários:

Espaço do João disse...

Meu caro André.
Continuo a abrir o seu espaço e, até agora nada me aconteceu. Continue. Um abraço. João

a d´almeida nunes disse...

Pois, quer-me parecer que aí, na Madeira, estão bem tramados, os que não beijarem a mão ao sr. Jardim.

Estive nessa Ilha Portuguesa em 1993.

As obras, entretanto feitas, são mais que muitas. Dinheiro gasto a rodos!

Pelo que vejo, estão a ser inauguradas todas, agora em tempo de campanha eleitoral?

Espero bem que haja quem se assuma como alternativa a AJJ, que já está no poleiro há tempo demais.

Como é possível, só há um homem com capacidade para governar a Região Autónoma da Madeira?

Já é tempo de mudar!

Anónimo disse...

Caro André, tal como tenho aformado em diversos foruns, blogs e aos amigos, a pior herança do jardinismo não as dividas monstrosas mas sim a mentira a aldrabe, o esconder permanente, as ofensas publicas aos adversarios e sobretudo o colar de toda a Madeira à imagem negativa do seu lider actual.