Para ele, bom seria continuar a loucura inauguracionista, bom seria continuar o regabofe dos dinheiros públicos que a todos pertence, bom seria manter a política de subsidiodependência e algumas fortunas mal explicadas, bom era continuar a política que não olha às prioridades mas aos actos eleitorais, bom seria manter a lógica que "a História não fala de dívidas, mas de obras", bom seria que outros pagassem os devaneios, a insensibilidade social. Para ele só há um caminho: mandem o dinheirinho que nós tratamos do resto. Só que não há mais dinheiro no saco e terá de governar com pouco, respeitando as prioridades. Por isso mesmo, o mentor desta monumental engrenagem, está no fim da linha política. O sistema treme e o "tsunami" vem a caminho. Mesmo com a ameaça de procurar a solução no Tribunal.
Quer dizer... sou um gastador inveterado, viciado em "obras" sem cabimento orçamental, gasto sem critério e desrespeito as prioridades, não olho a meios para ganhar eleições, ofendo quem se apresente a contestar tornando-me, por aí, incapaz para negociar, e os outros é que são culpados, os outros é que não me compreendem. Oh Senhor Presidente do Governo Regional e se fosse contar essa história para as Desertas? É que já não se pode com esta ladainha de vitimização baseada na historieta que é "difícil o diálogo com o Estado Central".
Disse que foi preciso infraestruturar. Pois, mas deveria tê-lo feito com peso, conta e medida, com responsabilidade e em função das possibilidades. O que não se pode fazer em quatro faz-se em oito anos. É assim nas famílias equilibradas e deveria ser assim para quem governa. Mas, não, Sua Excelência atira-se a outros, atira-se aos comportamentos políticos dos de lá, mas o que fez e faz por aqui é igual ou pior. E, a propósito, surge a pergunta: qual o triste rol das "sociedades de desenvolvimento"? E quem mandou construir no pressuposto que as gerações futuras teriam de pagar a factura? Quem o autorizou a entrar por esse caminho? Terão sido os de lá ou foi a loucura política que encostou à parede toda a população, com claros prejuízos para a Autonomia Política e Administrativa?
No meio disto, repete e repete a cantilena da Educação e da Saúde. O objectivo é claro: convencer uma parte da população dos seus argumentos. Qual coelho saído da cartola fala de um custo de nove mil milhões ao longo dos anos! A Constituição da República que não presta, afinal, dá jeito! Não apresenta contas, mas adianta que a factura por aí andará. Isto é, nas continhas de mercearia do governo, o Estado ainda está em dívida em uns quantos mil milhões se descontarem os valores do actual buraco financeiro madeirense. Ora, não há paciência para este tipo de discurso falacioso. Regionalizaram e bem no quadro da Autonomia, receberam e bem, altas comparticipações na construção de edifícios, quer escolares quer para as infraestruturas da saúde, entre muitos outros, puderam dispor de todas as receitas dos impostos, enfim, à Madeira chegaram muitos milhões ao longo de muitos anos, mas que foram aplicados de acordo com um único critério: "com milhões faço inaugurações e com inaugurações ganho eleições" e, depois de todo este passado, dos autoelogios à "Madeira Nova", os outros é que são culpados do desnorte, da falência, do buraco e do "diálogo é difícil" com aquela gente!
Ora, para ele, bom seria continuar a loucura inauguracionista, bom seria continuar o regabofe dos dinheiros públicos que a todos pertence, bom seria manter a política de subsidiodependência e algumas fortunas mal explicadas, bom era continuar a política que não olha às prioridades mas aos actos eleitorais, bom seria manter a lógica que "a História não fala de dívidas, mas de obras", bom seria que outros pagassem os devaneios, a insensibilidade social. Para ele só há um caminho: mandem o dinheirinho que nós tratamos do resto. Só que não há mais dinheiro no saco e terá de governar com pouco, respeitando as prioridades. Por isso mesmo, o mentor desta monumental engrenagem, está no fim da linha política. O sistema treme e o "tsunami" vem a caminho. Mesmo com a ameaça de procurar a solução no Tribunal.
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
Caro André Escórcio
Para Jardim, é tudo muito cristalino. Os Governos da República são bons ou maus consoante mandem ou não dinheiro para a Madeira. Elementar!
Meus Caros Amigos
Subtraída a capacidade de gestão financeira da dívida, a HUMILHAÇÃO é inacreditável!
De Soberano Absoluto, é "promovido",pelos seus pares, a "rainha de Inglaterra"...
Em vez de sair pelo "Arco do Triunfo",a porta dos fundos está no seu tristonho horizonte...
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