O Orçamento de Estado (OE) é gravoso para a Região, implica, não sei por quantos anos, a perda quase total de Autonomia, e agora vem o Deputado com a historieta da LFR como se os órgãos de governo próprio da Região estivessem em condições de negociar seja lá o que for. As palavras não são minhas, são de um candidato do PSD-M nas últimas eleições internas social-democratas, que Jardim nem dinheiro tem para comprar uma cortina! E é verdade. Estão lisos, sobretudo pela falta de credibilidade política, por toda a inversão de prioridades, por terem "escondido" a verdadeira factura da Região e por terem deixado acumular 6,3 mil milhões de dívidas. Daí que, a sede própria para dizer não às políticas do governo da república teria sido o da negociação e discussão do Orçamento de Estado, porque agora vão ter de engolir a Lei das Finanças Regionais com um ou outro acerto marginal equivalente a migalhas. E vão ter de "conformar-se"! É, portanto, de uma gargalhada política dizer que "estamos em total desacordo" com uma eventual "redução de dotações financeiras". Mas esta gente que governa e que representa a Região, porventura, dispõe de alguma credibilidade e respeitabilidade que os leve a dizer seja o que for? Valerá, doravante, a velha estratégia da chantagem para alcançar mais uns cobres? Senhor Deputado Guilherme Silva, o seu discurso é de paleio muito barato, é apenas fumo!
O Deputado Guilherme Silva (PSD) assume atitudes políticas que a única coisa que desperta é um sentido de pena ou lamento. As suas posições políticas são do tipo conforme, isto é, o seu discurso político oscila, não tem linha de rumo visível, na maioria das vezes é envolto na demagogia barata e numa pressuposta luta pelos interesses da Madeira apenas para consumo interno. O exemplo mais recente é o da contradição entre a aprovação do Orçamento de Estado para 2013 e a ameaça ao voto contra a Lei das Finanças Regionais (LFR), quando, no todo ou em parte, esta última compagina-se com o OE.
O Orçamento de Estado (OE) é gravoso para a Região, implica, não sei por quantos anos, a perda quase total de Autonomia, e agora vem o Deputado com a historieta da LFR como se os órgãos de governo próprio da Região estivessem em condições de negociar seja lá o que for. As palavras não são minhas, são de um candidato do PSD-M nas últimas eleições internas social-democratas, que Jardim nem dinheiro tem para comprar uma cortina! E é verdade. Há facturas por todo o lado, empresários desesperados, insolvências e falências, milhares no desemprego e em crescimento acelerado, estão lisos, sobretudo pela falta de credibilidade política, por toda a inversão de prioridades, por terem "escondido" a verdadeira factura da Região e por terem deixado acumular 6,3 mil milhões de dívidas. Daí que, a sede própria para dizer não às políticas do governo da república teria sido o da negociação e discussão do Orçamento de Estado, porque agora vão ter de engolir a Lei das Finanças Regionais com um ou outro acerto marginal equivalente a migalhas. E vão ter de "conformar-se"! É, portanto, de uma gargalhada política dizer que "estamos em total desacordo" com uma eventual "redução de dotações financeiras". Mas esta gente que governa e que representa a Região, porventura, dispõe de alguma credibilidade e respeitabilidade que os leve a dizer seja o que for? Valerá, doravante, a velha estratégia da chantagem para alcançar mais uns cobres? Senhor Deputado Guilherme Silva, o seu discurso é de paleio muito barato, é apenas fumo!
E neste quadro junta-se o CDS/PP que, fazendo parte da coligação, ainda ontem, na Madeira, o Deputado Rui Barreto tentou ensaiar uma demarcação ao que aí vem, porque o CDS, depreende-se na peça do DN-Madeira, "não foi ouvido a propósito da Lei das Finanças Regionais". Trata-se da velha história, já aqui contada, do prédio que ruiu e que, cimento, areia e ferro, chamados ao juiz, os dois primeiros justificaram serem de primeiríssima qualidade e o ferro ter assumido não ter culpas no sucedido, simplesmente porque nem lá estava! Vamos lá ser politicamente sérios, se fazem parte de uma coligação de governo, toda a estrutura política tem de ser responsabilizada por maiores que sejam os desconfortos internos e no seio da coligação. Estão todos no mesmo barco político e, portanto, ninguém pode querer esquivar-se lavando as mãos dos cortes financeiros que, inevitavelmente, vão acontecer.
Não há madeirense ou porto-santense que não deseje o melhor para a sua terra. Mas neste processo a História é para ser conhecida, o desbaratar de dinheiros públicos que aqui aconteceram e que conduziram a Madeira a um estado de falência e de perda da sua Autonomia, obviamente que tem rostos e responsáveis. E a primeira atitude, neste momento, que seria lógica e diferenciadora de uma forma de estar na política, era o CDS/PP saltar do barco que afunda e não a de paninhos quentes, ao jeito de estou mas não estou! Aos olhos do comum dos eleitores acabam por iguais ou, então, este casamento ter todos os contornos da conveniência política.
Não conheço a Lei, apenas estou a guiar-me pelo que li e que não gostei. Hei-de lê-la e hei-de ter uma opinião. Aquela, por exemplo, da comparação entre as verbas para os Açores e as destinadas à Madeira há muito que, do meu ponto de vista, não faz sentido. Querer, sensivelmente, o mesmo volume de transferências para as duas regiões nunca me pareceu sério, independentemente da cor política de quem tem maioria parlamentar em cada uma das regiões. Os números da população residente não são muito diferentes, por outro lado, os Açores dispõem de nove ilhas habitadas dispersas por 600 quilómetros, enquanto a Madeira tem duas que distam cerca de 50 quilómetros. Só por aqui, independentemente de outros importantes factores, numa análise fina a todas as variáveis que implicam a Administração de duas ilhas em relação a nove, trazer para o centro do debate a questão açoriana, pessoalmente considero politicamente ridícula. Mas, enfim, talvez uma visita guiada pelas nove ilhas esbatecesse as análises tendencialemente enganosas, para não dizer demagógicas.
A procissão ainda nem ao adro saiu. O que se sabe são registos gerais que merecem ser estudados e amadurecidos relativamente às implicações na Região. Apesar disso, não venha do Deputado Guilherme Silva atirar poeira para os olhos, armar-se em forte e com ameaças de voto contra, quando todos sabemos que a Região está submissa, de joelhos, com a corda no pescoço e que, devido a uma exacerbada luta e de ofensas ao longo de anos, os de lá, hoje, riem-se e impõem o que querem e entendem. Lamentavelmente é assim. Poderíamos ser respeitados e tidos em conta, mas não somos, infelizmente!
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
Senhor Professor,
Boa noite.
Há uns 15 anos atrás, estávamos em frente ao Golden-Gate Café a conversar sobre política com um antigo (muito antigo) Secretário Regional da Educação - e que por mero pudor não o iremos aqui referenciar – quando este se referiu em relação ao Dr. Guilherme Silva como sendo um soldado permanentemente entrincheirado à espera do fogo do inimigo.
À medida que o sr. ex-Secretário falava, conseguimos construir a imagem de um velho pistoleiro do oeste texano, esfíngico e rude, que nunca se desprendia aos prazeres do sono ou do lazer: o inimigo, para ele, exigia permanente vigília e todos os poros abertos! Assim nos foi perspetivado Guilherme Silva e ainda hoje se nos afigura assim a conduta deste “cowboy” da política.
Este jockey da montada jardinista erigiu-se numa figura sinistra e omnipresente nas lides mais duras da política. Pela astúcia, pela argúcia, pelos dotes de oratória e pela demagogia, ao serviço do MAL, representa a velhacaria da esperteza humana. Não nos sentimos bem perto destas esfinges: decrépitas - mas terrivelmente perigosas!
Senhor Professor, para Si, votos de um excelente ano de 2013!
V.D´A.
Obrigado pelo seu comentário.
Assino por baixo.
Caríssimo, um ano com muita saúde, porque o resto...
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