O que hoje é publicado no DN-Madeira, a propósito das próximas eleições autárquicas no concelho do Funchal, obriga a que todos os partidos da oposição reflictam e ponderem as suas posições. No essencial, a questão coloca-se a dois níveis: ou querem manter uma história de 36 anos de poder absoluto, entregando de bandeja ao PSD-M mais quatro anos de liderança autárquica, ou abdicam de interesses partidários menores e conjugam esforços no sentido do necessário, eu diria, imprescindível arejamento político que só uma mudança poderá ser portadora. Todos têm de perder alguma coisa para que a população ganhe muito.
Há quem os desvalorize, eu não. Os estudos de opinião revestem-se de uma base científica e, portanto, embora não possamos considerar, a dez meses de distância, que um determinado quadro de tendências venha a se confirmar, as sondagens constituem um importante indicador e permitem leituras várias. Ora, o que hoje é publicado no DN-Madeira, a propósito das próximas eleições autárquicas no concelho do Funchal, obriga a que todos os partidos da oposição reflictam e ponderem as suas posições. No essencial, a questão coloca-se a dois níveis: ou querem manter uma história de 36 anos de poder absoluto, entregando de bandeja ao PSD-M mais quatro anos de liderança autárquica, ou abdicam de interesses partidários menores e conjugam esforços no sentido do necessário, eu diria, imprescindível arejamento político que só uma mudança poderá ser portadora. Todos têm de perder alguma coisa para que a população ganhe muito.
É claro que se coloca a questão do CDS/PP. Penso que muito dificilmente aceitará conjugar esforços com todos os outros, mormente, os partidos da esquerda política. Pese embora a sondagem prove que a expressão eleitoral do CDS/PP nas últimas eleições legislativas regionais (2011) constituiu um resultado nada condizente com o seu histórico nesta matéria, ainda de peito cheio, certamente, repito, não quererá se sentar à mesa da negociação. Estou convicto que se apresentará com uma candidatura própria, embora negociada, previamente, com o PSD-M visando um acordo pós-eleitoral. É uma possibilidade. Creio, por isso, que uma coligação será bem vinda com todos os outros. E essa coligação tem possibilidades de vencer com maioria absoluta O PSD-M está fragmentado e descredibilizado, não só por trinta e seis anos de poder absoluto, mas também pelas fragilidades internas que são, todos os dias, do domínio público. É estranho, mas é o resultado, que ainda existam 41% de tendência de voto no PSD! Certo é que o PS-M está em claro crescimento e o CDS-PP em queda (passa para terceira força política), enquanto se verifica uma expressão eleitoral interessante entre a CDU e o BE (11,5%).
Desta sondagem e do meu entendimento resulta, assim, que os partidos políticos, à excepção do CDS/PP, estão "condenados" a entenderem-se no sentido da apresentação de uma candidatura aberta à sociedade, de irrepreensível qualidade, com figuras tendencialmente conhecidas e respeitadas, a par de um programa sucinto, claro e objectivo. Será muito mau para a população do Funchal que, à luz do presente estudo de opinião, não se verifique um entendimento de convergência. Considero politicamente imperdoável que desperdicem esta oportunidade.
No início desta semana que finda coloquei um banner no topo deste blogue: "Construir o futuro sem receitas do passado (...) Eleições autárquicas - em 2013 dêmos as mãos". Não sabia dos resultados da sondagem, mas parece-me que acertei. A ver vamos.
Ilustração: Arquivo próprio.
Sem comentários:
Enviar um comentário