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sábado, 27 de abril de 2013

EM CAUSA ESTÁ O FUTURO DA CIDADE DO FUNCHAL


Esta candidatura do Dr. Paulo Cafôfo surge aos meus olhos como a alternativa credível. Não apenas porque estão envolvidos seis partidos, da direita à esquerda política, note-se bem, mas porque se trata de uma candidatura virgem, que nasce sem mancha, sem passado pelos corredores da política que sempre vão moldando a personalidade e o discurso, não é uma candidatura de discurso politicamente correcto, é uma candidatura sem as mãos atrás das costas, é transparente, não tem negócios directos ou indirectos, não se apresenta com rabos de palha ao serviço deste ou daquele, é de sorriso largo e de sã convivência que irradia sinceridade, valores éticos e morais, é uma candidatura de uma pessoa cuja formação académica provém da História, facto que lhe permite melhor predizer o futuro à luz dos conhecimentos do passado (não é por acaso que, hoje, as grandes empresas estão a colocar nos seus quadros pessoas com essa formação), é uma candidatura de um cidadão de 42 anos que saberá fazer uma consistente ponte entre a juventude (sendo professor, conhece-a bem) e os menos jovens, é uma candidatura que saúdo pelo que conheço de rigor e de Homem que arranja desculpas para fazer coisas.



Obviamente que respeito todas as candidaturas, concretamente, as que já foram anunciadas (PSD e CDS), mas destas tenho que dizer que constituem mais do mesmo. Respeito-as, apenas, no seu legítimo direito de se apresentarem ao eleitorado. Penso, no entanto, que os caminhos do futuro deverão ser outros, deverão ser os que determinam a ruptura com os procedimentos e cumplicidades políticas conhecidas, no sentido do florescimento de um novo percurso que traga seriedade, honestidade, transparência, independência, rigor, estabelecimento de prioridades, tudo isto tendo por princípio que o governo da cidade deve ser assumido com um olhar abrangente e humanista e não interesseiro, calculista e de jogo entre os mesmos de há muitos anos. Vou ser mais claro: em democracia, embora as eleições sejam ganhas nas urnas, questiono, terá alguma razoabilidade, em defesa da própria população, manter, durante 37 anos, a mesma força política? As mesmas caras que saltitam daqui para ali e dali para acolá, e os mesmos procedimentos, embora pintados de fresco, a mesma e tradicional cartilha política, as mesmas prioridades porque são almas siamesas do "chefe", pergunto, isto faz sentido aos olhos de um cidadão livre?  Ao final de oito anos de cadeira, seja em que parte for, alguma coisa começa a não bater certo. As rotinas, os interesses, os cordões umbilicais multiplicam-se e, portanto, o povo, em sua própria defesa, deve saber estabelecer o corte.
Alguns dirão, ah, mas estes são outros! Não são, são exactamente os mesmos e aprenderam pelo mesmo livrinho partidário orientador das suas condutas. Para sobreviverem têm de respeitar a subserviência, têm de manter a mesma coluna de plasticina, não lhes sendo possível dar um passo sem que, primeiro, pensem na obediência que juraram e, em segundo lugar, no seu próprio percurso político para que não venham a ser "desempregados políticos". Votar nisto, num quadro destes, acaba por assumir um sinal de tendência política masoquista. Eu não gostaria que tal acontecesse. Da mesma forma que, o voto no CDS, do meu ponto de vista, constitui uma aposta sem sentido. Tenho consideração e amizade, desde longa data, pelo José Manuel Rodrigues. Não confundo a questão da amizade e excelente relacionamento pessoal com as questões políticas, mas o seu caminho não é aquele que interessa à Madeira e, particularmente, ao Funchal. Eu sei que se trata de uma candidatura que pode capitalizar uns votos da massa eleitoral descontente com o PSD. E isso, por razões óbvias, no sentido da mudança, é importante. Mas, atenção, a proximidade ideológica com o PSD é por demais evidente. No governo da República está o espelho. Mas, aqui, também alguns dirão, que aquilo é lá e aqui é outra coisa. Não é. Decididamente, não é. Os princípios e os valores políticos são semelhantes, os interesses, embora revestidos com papel de celofane, estão no seu interior, porque há um bas-fond de natureza política que obriga a que o discurso seja um, mas a prática outra. Repito, no governo da República está o espelho.
Finalmente, esta candidatura do Dr. Paulo Cafôfo surge aos meus olhos como a alternativa credível. Não apenas porque estão envolvidos seis partidos, da direita à esquerda política, note-se bem, mas porque se trata de uma candidatura virgem, que nasce sem mancha, sem passado pelos corredores da política que sempre vão moldando a personalidade e o discurso, não é uma candidatura de discurso politicamente correcto, é uma candidatura sem as mãos atrás das costas, é transparente, não tem negócios directos ou indirectos, não se apresenta com rabos de palha ao serviço deste ou daquele, é de sorriso largo e de sã convivência que irradia sinceridade, valores éticos e morais, é uma candidatura de uma pessoa cuja formação académica provém da História, facto que lhe permite melhor predizer o futuro à luz dos conhecimentos do passado (não é por acaso que, hoje, as grandes empresas estão a colocar nos seus quadros pessoas com essa formação), é uma candidatura de um cidadão de 42 anos que saberá fazer uma consistente ponte entre a juventude (sendo professor, conhece-a bem) e os menos jovens, é uma candidatura que saúdo pelo que conheço de rigor e de Homem que arranja desculpas para fazer coisas.
Tenho escutado alguns comentadores da praça e exclamo: que erro de análise fazem. Dizem, em síntese: não é conhecido e que não tem passado político. Eu que por esses desafios andei, o trunfo parece-me estar exactamente aí, no facto de não ser conhecido (embora não seja bem assim) e de não ter um passado político construído nos corredores partidários. Sei do que falo porque disputei umas eleições muito semelhantes. Convidaram-me e aceitei. O meu adversário não se chamava Dr. Bruno Pereira, mas Prof. Virgílio Pereira; não se chamava José Manuel Rodrigues, mas Dr. Ricardo Vieira. E foi o que foi. Portanto, até por uma questão de respeito por uma candidatura representativa de seis partidos, manda o bom senso que os comentadores não se aventurem em vagas considerações, quando não existem dados concretos que prognostiquem uma tendência. 
Pessoalmente, estou confiante, porque o Funchal precisa de uma mudança depois de 37 anos de alheamento pelos instrumentos de planeamento, porque o Funchal precisa de uma equipa que "não deixe ninguém para trás", que vá ao encontro dos empresários, que gere condições na criação de emprego, que saiba combater a pobreza e a exclusão, fardo extremamente pesado, uma equipa que seja de pouco folclore político e que aposte em soluções duradouras, enfim, de uma equipa que consiga transformar a Câmara numa grande mesa de diálogo com os cidadãos. Espero que tal venha a acontecer.
Ilustração: Alexandre Pestana

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