A foto diz tudo. É o que nos andam a fazer: uma tentativa de limpeza ao cérebro. Todos os dias, através dos meios de comunicação social e, sobretudo, pelas posições de alguns comentadores que não sabem ou, intencionalmente, ignoram a conjugação de todas as variáveis, os portugueses estão a ser levados a acreditar que não existe alternativa à austeridade, que é este o doloroso calvário que conduzirá ao paraíso terrestre, onde os pobres deixarão de o ser e o trabalho com direitos regressará, possibilitando a felicidade qb aos desesperados que emigram. Pode levar vinte a trinta anos, dizem, não interessa, pois importante é manter essa miragem no deserto de ideias. É o domínio da ideologia ultraliberal e do dinheiro sem pátria, contra a ordem natural de uma vida com deveres, mas também com direitos. Assiste-se a algumas entrevistas, ainda ontem acompanhei, na SIC, a entrevista a Pedro P. Coelho, da qual resultou a imagem de um ignorante altifalante, outras vezes a debates com pessoas arvoradas em economistas de ponta, outras, ainda, com comentadores a debitarem meias-verdades ou a verdade que lhes interessa, normalmente, em redor do óbvio e não das questões fundamentais que se escondem a montante. E existem muitas... muitas. Assiste-se a governantes sempre com uma palavra onde se adivinha, facilmente, a mentira que a envolve. O dia 25 de Abril e, sobretudo, o 1º de Maio, serão datas determinantes na encruzilhada em que nos meteram. Ontem, Passos Coelho, foi a imagem da mentira grosseira. Espero, ou melhor, desejo que o Povo se manifeste e diga BASTA a esta política que está a esmagá-lo. Já chegaram ao desplante de dizer: "A vida das pessoas não está melhor, mas a do País está muito melhor". Como se o País não fossemos todos nós! Espantosas cabecinhas. Há que travá-las!
Ilustração: Google Imagens.
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