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quarta-feira, 23 de abril de 2014

MAIS IMPORTANTE QUE OS SEIS MESES PASSADOS, SÃO OS PRÓXIMOS SEIS MESES!


Sobre aquilo que se conhece julgo que pouco há a dizer do presidente do governo da Madeira. Do que não se conhece, aí sim, certamente que a História revelará muita coisa. Politicamente, é sensível que existem muitas sombras na governação, muitos dossiês por esclarecer, muita teia por desvendar. Talvez, presumo, o processo "Cuba Livre" em investigação, cujas conclusões demoram, venha a levantar um pouco a ponta do véu. É que isto pode se tornar num saco de cerejas! Não sei, só o tempo e a paciência é que conduzirão a um ponto de compreensão sobre os contornos do exercício da política desta gente. Talvez, por isso mesmo, ainda ontem, este homem que já ultrapassou os setenta anos e trinta e seis de poder absoluto, ignorando a falência que gerou, pediu que o seu sucessor "siga a mesma filosofia" política. Pergunta-se, com que intenção? Por teimosia? Por uma questão meramente partidária? Ou existe, para além do que transparece, muita história mal contada, arrumada em armários confidenciais? Não sei. Normal é que não me parece.

Entre o conhecido

e o desconhecido há peças
que precisam de ser desvendadas.

Perdeu as eleições autárquicas porque o povo se fartou. Tal facto não constituiu um sinal de alerta, antes levou a colocar-se numa posição de estúpido ataque. Seis meses depois das diversas tomadas de posse, ontem teve o desplante de dizer que o "povo está perante um grande embuste" (...) pois "essa gente disse que iria mudar, não mudou coisa nenhuma, deixou tudo na mesma. Não fez nada e ainda crítica quem fez". Como se fosse possível, em seis meses, com milhões em dívida, vivendo de aparências e não da realidade, mudar estruturalmente aquilo que provou estar errado. Permanentes ataques desta natureza não são normais. A História encarregar-se-á de revelar as sombras de tudo o que se encontra para além do cenário construído.
Obviamente que estas últimas posições do presidente do governo regional, centradas na política autárquica, têm muito a ver com o processo em curso, genericamente, do agrado das populações. Elas sabem ou começam a perceber, o estado financeiro lastimável que os autarcas eleitos foram encontrar. E antes que se acomodem à ideia que não existem insubstituíveis, toca a "vomitar" palavras centradas na lógica que "a melhor defesa é o ataque". Ou estou enganado ou, não se sabendo missa-meia, os próximos seis meses serão esclarecedores. Teremos eleições europeias, eleições no interior do PSD, resultado das auditorias mandadas fazer por vários autarcas, a possibilidade de uma coligação alargada na Madeira e até a possibilidade de eleições antecipadas na Região, pois não estou a ver Jardim continuar à frente do governo com uma outra figura ao leme  do partido. Aguardemos.
Ilustração: Google Imagens.  

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