Pedro Passos Coelho veio à Madeira fazer o quê? Repetir a mesma lengalenga? Continuar a dizer aquilo que todos os dias repete até à exaustão? Ora, a importante iniciativa do DIÁRIO, "As Cem Maiores e Melhores Empresas" merecia outra figura que não esta que mente e politicamente aldraba quantos dentes tem na boca. Que legitimidade tem este senhor, para além da legitimidade eleitoral (2011), hoje sem base de apoio, para apresentar-se em qualquer palco e dissertar sobre o presente e o futuro de Portugal? Nenhuma. Basta ouvir ou ler tudo o que ele disse antes das eleições legislativas nacionais de 2011, depois de ter chumbado o PEC IV e, com isso, ter despoletado uma crise política. Eu tenho presente a sua impaciência para chegar ao poder e a colossal mentira que construiu e que conduziu à sua vitória. Vejamos algumas das suas conhecidas declarações (retiradas do Youtube):
"(...) nós estamos impacientes" (...) acho que o Estado deve dar o exemplo. Nós não devemos aumentar os impostos (...) o orçamento apresentado na Assembleia na República este ano (2010), de alguma maneira vai buscar a quem não pode fugir que são os funcionários públicos e portanto precisamos de um governo não socialista em Portugal (...) não faz sentido andar a pedir às pessoas, às famílias portuguesas para pagarem mais a crise e ao mesmo tempo, o Estado estar a atribuir milhões de Euros de prémios e de bónus aos gestores públicos (...) na prática estão a preparar-se para aumentar a carga fiscal. Como? Reduzindo as deduções que podemos fazer em sede de IRS (...) significa sempre o mesmo esforço de tratar os portugueses à bruta (...) os sacrifícios não têm sido distribuídos com justiça e equidade (...) não contarão (comigo) com mais ataques à classe média em nome dos problemas externos (...) nós não olhamos para as classes de rendimento a partir dos mil euros dizendo aqui estão os ricos de Portugal que paguem a crise (...) nós hoje obrigamos as pessoas a pagarem com aquilo que não têm (...) há uma condição: é a de não trazer novo aumento de impostos, nem directos nem encapotados (...) acusava-nos o partido socialista de querermos liberalizar os despedimentos. Que lata! (...) relativamente a medicamentos que tinham até hoje uma comparticipação de 100%, porque correspondem a doenças graves, que atingem muitas vezes pessoas que não têm condições para comprar esses medicamentos, para esses baixam-se as comparticipações, para esses não há dinheiro para o Estado apoiar (...) para que o caminho que têm pela frente não seja ainda de mais impostos, mais desemprego e mais falências de empresas (...) não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra (...) não basta a austeridade (...) não se pode cortar cegamente (...) as medidas agora anunciadas traduzem uma incompreensível insistência no erro, porque se volta a lançar exigências adicionais sobre aqueles que sempre são sacrificados, porque se atacam alicerces básicos do estado social (...) se eu fosse primeiro-ministro não estávamos hoje com as calças na mão, a pedir e a impor um plano de austeridade (...) o que o país precisa para superar esta situação de dificuldade não é de mais austeridade (...) o IVA, já ontem o referi, não é para subir (...) temos hoje pessoas que deixaram de ter subsídio de desemprego (...) eu não quero ser primeiro-ministro para dar empregos ao PSD e para proteger os que são mais ricos em Portugal".
Um político destes merece ser convidado de uma, repito, importante iniciativa do DIÁRIO? Lamento, mas os apupos à sua chegada estão justificados.
Ilustração: Google Imagens.
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