PRADA é uma marca que pode suscitar paixões junto de muitos. A mim nada me diz. Tenho muita consideração e respeito, apenas isso. Até o Papa, mito ou não, renegou os sapatos Prada, vermelhos, preferindo os seus, pretos e ortopédicos, sinónimo de igualdade. Mas há gente obcecada, acredito. O fatinho até lhes pode ficar mal, repuxado aqui e ali, mas o espelho não dá para ver, porque tem a etiqueta Prada. São leais à marca. Aliás, marca que se queira impor no mercado tem de trazer o novo, a arte, o desejo e a sedução. Imagine-se ficar nos idos 1913, ano da sua criação, ou apresentar-se com os mesmos argumentos dos anos 70, 80 ou 90? Morreria aos poucos. Acontece com as marcas e acontece com as pessoas quando, querendo estar em uma pressuposta moda, preferem vestir uma pele que não é a delas. Li que existem 27 regras sobre fatos e que todos os homens deveriam ter em conta. Descurá-las constitui um erro. Por outro lado, a marca Prada não critica as outras, não necessita de rebaixá-las para se tornar conhecida. Antes prefere a proposta inovadora, elegante, contida, sofisticada e com charme. Ora, quando uma marca, Prada ou qualquer outra, centra as suas preocupações nos outros, por muito leal que seja a sua intenção, e esquece-se de olhar para si própria, para a sua própria história, perde credibilidade e torna-se banal. Os clientes fogem e até o perfume se torna enjoativo.
NOTA
Qualquer semelhança com nomes e entidades políticas são meras coincidências.
Ilustração: Google Imagens.
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