Uma pergunta, com uma só palavra, não me sai da cabeça: porquê? Ou, então, juntando outras, como foi possível?
Todos sabemos que o ser humano é capaz do melhor e do pior. Sabemos, o que acontece(u) por todo o lado. Não indo muito lá para trás, entre grandes e pequenos conflitos, por fundamentalismos diversos, da revoltante história hitleriana nos campos de extermínio nazis, à responsabilidade de Estaline pela morte de milhões, de tantas sangrentas guerras, entre outras, a do Vietname, do selvagem "estado islâmico", dos massacres nos Balcãs, da morte de milhares nas travessias marítimas e da miséria nos campos de refugiados. Sabemos das prisões arbitrárias, das torturas, dos campos de trabalhos forçados e dos mais variados comportamentos que reflectem total desumanidade. Sabemos dos inúmeros assassinatos por violência doméstica, das limpezas étnicas, de crianças a adultos abandonados à sua sorte e abatidos, das lutas sangrentas entre gangues, dos sequestros, das vítimas de abusos sexuais ou da escravização, até outros de menor crueldade perpetrados por causas fúteis.
Todos os dias damos conta da violência. Ela anda à nossa volta, bastando um discreto mas atento olhar para detectarmos a existência de gente mal formada, desde políticos a anónimos. Tudo aquilo e muito mais entra-nos olhos adentro e fixa-se na consciência. Mas não me sai da cabeça, como em tantas outras vezes, como é possível um(a) progenitor(a) matar a sua filha! Revoltante e sem perdão.
Ilustração: CMTV
Sem comentários:
Enviar um comentário