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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Absolutamente dramático

 

Já morreram em Portugal mais de 10.000 pessoas desde 16.03.2020 (primeira morte por Covid). Isto é, em pouco mais de dez meses morreram mais cidadãos portugueses do que o somatório das mortes durante treze anos na estúpida guerra colonial (8.831). Dramático!



O problema é que, perante este maldito vírus, ainda há quem desvalorize o facto da morte levar trezentas pessoas por dia, as escolas estarem fechadas e o país, provavelmente, continuar em estado de emergência até ao Verão. Não deveria haver perdão para quem não cumpre as regras e para quem não se protege.

Que se trata de um momento extremamente complexo, a todos os níveis, evidentemente que sim; que o sistema económico derrapa a olhos vistos, julgo que não subsistem dúvidas. Mas o problema está, na sua expressão mais simples, entre a vida e a morte. E sendo assim, o balanço entre uma e outra, implica um irrepreensível respeito individual e por todos os outros, onde se inclui o respeito por todos os profissionais de saúde, a esmagadora maioria no limite das suas capacidades de resposta ao drama que nos cerca. Só nesta área de actividade profissional, contabilizam-se, neste momento, 160 infectados. 

"Se todos tivermos níveis de esforço idênticos, diminuímos o risco de colapso" - Dr. Marco Ferreira/Amadora Sintra

Ao Estado, nestes meses de enormíssima aflição colectiva, compete esbater os dramas sociais e punir, exemplarmente, quem não cumpre. Finalmente, acabei de ler um político que "comparou os furtos e vandalismo às infecções nas escolas". É de muito mau gosto. A primeira situação constitui um problema de polícia; o outro envolve a saúde pública. Deste e de outros tipos de governante, estou certo, não rezará a História. 

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