Adsense

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Justiça


O assunto tem barbas e explica, grosso modo, o estado da Justiça. Vem desde 1994/95, portanto, decorre há 26 anos. Em artigo de opinião, o meu Amigo Dr. António Loja foi insultado pelo Dr. Alberto João Jardim, apresentou queixa e, entre a imunidade política, incidentes processuais, demandas e outros expedientes, o assunto continua para ali a marinar na prateleira. Desesperante! 



Mas não é sobre o processo que conduziu à legítima queixa, que alinhavo estas linhas. Tampouco sobre o ridículo de mais de um quarto de século para julgar um crime de injúrias. Debruço-me, em abstracto, sobre um facto que não me parece ser de menor importância: o de uma Juíza ser inquilina numa habitação pertença do Dr. Alberto João e do seu filho (Fonte: Dnotícias, página 11, de 27.10.2021).

Ora, por um lado, um figura da Justiça, seja na Madeira, nos Açores, ou em qualquer parte do país, deveria ter o cuidado de, em defesa da sua imagem pública e de eventuais interpretações, jamais alugar uma habitação a uma figura preponderante no quadro político; por outro, o próprio Dr. Alberto João Jardim, obviamente, pelas mesmas razões, em circunstância alguma devia disponibilizar o espaço habitacional a figuras da Justiça, para mais conhecendo as características do exercício da política na Região.
Acresce aqui um aspecto: um político, em circunstância alguma, deve resguardar-se na imunidade política. Deve assumir as suas responsabilidades e das duas uma: ou retrata-se, pedindo desculpa, ou apresenta-se para defender o que escreveu. Ofender e fugir não constitui um processo nobre.
Finalmente, há tantas casas para alugar. E a Juíza foi logo bater à porta errada. E há tantos que querem alugar, e os proprietários foram logo disponibilizar a habitação a quem não deviam. Os leitores que tirem a conclusão. A verdade é que já passaram 26 anos. Ridículo para a Justiça. Bem faz o Dr. António Loja: não desiste.

Ilustração: Google Imagens.

Sem comentários: