Adsense

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Parem com esta política de permanente engano aos consumidores

 

Sinto que estamos todos a ser enganados. E de que maneira! Basta ir ao supermercado ou a uma estação de abastecimento de combustíveis. Tomemos consciência desta factura de uma grande marca de distribuição de produtos alimentares:




Valor teórico inicial a pagar    € 342,91
Descontos directos                  € 124,99
Pagamento na caixa                € 217,92

A este valor a pagar o consumidor beneficiou de 10% acumulados em cartão:  € 21,79.

Portanto, o valor realmente pago pelos bens adquiridos foi de € 196,13, isto é, 217,92 - 21,79 €.

Relativamente ao valor teórico inicial a pagar verificou-se, então, um desconto de 42,8%.

Juntaram a isto € 0,14, por litro, de desconto em combustível.

Obviamente que o valor real pago, os tais € 196,13, já incluem o lucro da empresa de distribuição. E perante este facto, presumo que só se poderá deduzir que esta política é, claramente, exploradora dos fornecedores, espreme até ao tutano os consumidores e mente, descaradamente, sobre o valor correcto dos bens. Somos literalmente iludidos e enganados. Isto não tem nada a ver com aumentos dos custos de contexto de produção, tem sobretudo a ver com uma política de MENTIRA.
 
Mas não é apenas nas cadeias de distribuição alimentar. Quando vejo, por exemplo, 70% de desconto em vestuário e calçado, pergunto, uma vez mais, quanto somos enganados. E são, também, os bancos, com lucros, em alguns casos "pornográficos", à custa de todos os depositantes, com taxas e taxinhas vergonhosas. Em muitos casos, os eventuais juros por um qualquer depósito, são inferiores às taxas de uma coisa designada por "manutenção de conta". E o que dizer dos combustíveis, concretamente da Galp, por exemplo, que apresentou um lucro de 420 milhões de euros no primeiro semestre do ano, "uma melhoria de 153% em relação aos primeiros seis meses do ano passado, em que obtivera um resultado de 166 milhões"? - Público. Ou, então, da EDP que vai investir 56,9 milhões de Euros numa nova sede. De quem vem o dinheiro?

E com uma distinta lata, permitam-me a caracterização, dizem que isto é "o mercado a funcionar". Não, não, o que está a funcionar é a EXPLORAÇÃO do momento. Em todos os sectores. Dizia o banqueiro Fernando Ulrich sobre o povo e a situação de crise: descansem que ele "aguenta, aguenta"!

Ilustração: Google Imagens.

Sem comentários: