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domingo, 25 de março de 2012

HÁ GUERRA NO GALINHEIRO



A Madeira perdeu muito do seu encanto enquanto destino turístico por culpa das políticas autárquicas. A identidade, as particularidades e as singularidades distintivas foram-se perdendo através da irracionalidade das decisões políticas. Por cima dos autarcas sempre existiu uma força maior, grandes e pequenos interesses que transformaram e passaram ao ferro nivelador da igualdade cidades, sítios e lugares que deveriam ser respeitados no quadro de uma singularidade, todavia, com substantivas melhorias da qualidade de vida das pessoas. E como se isso não bastasse, as câmaras do PSD deixam uma dívida estimada, neste momento, em 280 milhões de euros. Politicamente, de todo, não é gente confiável. Há, portanto, que mudar. Não basta mudar as pessoas, mas as políticas. 


Perdoem-me a expressão, mas "há guerra no galinheiro". A ser verdade, nada indica que não seja, pois hoje não é 1 de Abril, uma alegada candidatura "independente do PSD" à Câmara do Funchal, em resposta ao anúncio, não formal, da hipotética candidatura do Dr. Sérgio Marques, indicado pelo líder do PSD, Dr. Alberto João Jardim, poder-se-á concluir que há muita gente contra o "galo". Este cacarejar dá indicações que o AJJ está em completa decadência política. É pública e notória uma guerra de interesses que está muito para além dos que se apresentam como resposta ao "chefe" partidário. Em menos de 24 horas, pela primeira vez, volto a dizer, a ser verdade, o PSD demonstra que já poucos entendem o homem a quem respeitaram durante trinta e tal anos. Em pleno congresso, quando ele fez um apelo à unidade de "todos por um e um por todos", precisamente, na principal autarquia da Madeira, desde sempre liderada pelo PSD, estala o verniz e os silêncios de anos a fio de cumplicidades. Com as devidas proporções e retirando os aspetos de saúde do antigo ditador (não brinco com essas questões), o Dr. Jardim faz-me lembrar António Salazar que nos seus últimos tempos ainda pensava que governava. Esta pronta resposta dos seus colaboradores significa que já não tem mão nem a sua voz é respeitada. Dir-se-á que o galo canta a solo, mas com um som muito fraquinho.
Bem, mas isso é lá com o PSD e, portanto, são contas de um outro rosário!
O que me preocupa, de forma muito séria, é a absoluta necessidade de uma alternativa ao PSD no Funchal, bem como em toda a Região Autónoma. Não o digo apenas por pertencer à oposição a este regime, mas porque há necessidade de corrigir orientações estruturais na dinâmica autárquica. Com o devido respeito pelas pessoas assumo também que não tenho qualquer consideração pelas suas atitudes políticas. A Madeira perdeu muito do seu encanto enquanto destino turístico por culpa das políticas autárquicas. A identidade, as particularidades e as singularidades distintivas foram-se perdendo através da irracionalidade das decisões políticas. Por cima dos autarcas sempre existiu uma força maior, grandes e pequenos interesses que transformaram e passaram ao ferro nivelador da igualdade cidades, sítios e lugares que deveriam ser respeitados no quadro de uma singularidade, todavia, com substantivas melhorias da qualidade de vida das pessoas. E como se isso não bastasse, as câmaras do PSD deixam uma dívida estimada, neste momento, em 280 milhões de euros. Politicamente, de todo, não é gente confiável. Há, portanto, que mudar. Não basta mudar as pessoas, mas as políticas.  
O tiro de partida para as eleições do próximo ano já foi dado. De um lado está a guerra pelos interesses, um chega para lá porque nós não abdicamos, aliás, um pouco por todo o lado (em Câmara de Lobos, por exemplo, o secretário geral do PSD, Jaime Ramos, segundo o DN, apresentou queixa no Ministério Público) contra o presidente da câmara (PSD), há gritos de alerta solicitando um plano de reajustamento financeiro que os salve da agonia, enfim, eu penso que está na hora de acabar com um domínio a caminho de 40 anos! Politicamente, é tempo demais e há figuras que quando aparecem já criam engulhos. Respeito-os enquanto pessoas, mas do ponto de vista político é tempo do Povo dar lugar à oposição. 
Ilustração: Google Imagens.

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