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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

9000 VIATURAS POR ANO... E CONTINUAM DISTRAÍDOS!

Por diversas vezes aqui teci considerações sobre o gravíssimo problema do tráfego e dos transportes na Região e, particularmente, na cidade do Funchal. Ninguém parece importar-se com a situação novamente descrita no DN de ontem, em um trabalho assinado pelo Jornalista Miguel Torres Cunha: "(...) em 2005 existiam 103.340 viaturas com apólice de seguro - nos termos da lei é obrigatória - quando no final do ano passado esse número atingiu os 130.920 viaturas". Estão a entrar na Madeira oito a dez mil viaturas por ano. A solução que as entidades públicas têm encontrado tem sido a de descobrir novas vias de escoamento (finitas a prazo) e, sobretudo, a criação de novos locais de estacionamento públicos e licenciamento de parques privados. Certo é que não levará muito tempo e o Funchal tornar-se-á insuportável. Já o é em determinadas horas do dia e sê-lo-á cada vez mais. As actuais 130.000 viaturas, umas atrás das outras, dá para uma fila contínua entre Faro e Porto. Impressionante numa Região de tão pouco espaço.
A propósito, aqui fica um excerto de um texto que publiquei no início deste ano:
"(...) O Funchal já dispõe de cerca de 11.000 lugares de estacionamento e em construção está um monumental parque no porto do Funchal e estão previstos mais 150 lugares no quarteirão do Castanheiro o que elevará a oferta para cerca de 13.000 lugares até ao final do ano. E a Câmara apresenta estes dados como uma vitória! Hoje é a linha "Eco", amanhã, é uma ciclovia numa zona que não resolve o problema da cidade e os anos passam-se e a carga sobre a cidade aumenta. Pois bem, ou dispomos da opção "park & ride" ou não; ou se criam as ciclovias ou não; ou se avança para as ligações horizontais aos concelhos limítrofes ou não; ou se repensam os movimentos pendulares ou não; ou se cria a rede de transportes escolares ou não; ou se buscam soluções integradas ou não; ou se aposta em novos hábitos a aprender ou não".
Mais tarde voltei a escrever sobre esta matéria salientando e quase repetindo que a solução do problema passava, concretamente, pela:
a) A implementação do Park & Ride com a criação dos parques periféricos;
b) Ligações rápidas e regulares ao centro do Funchal;
c) Limitação da circulação automóvel abaixo da cota 40;
d) Criação de ciclovias, para já nos três percursos planos do Funchal: Pontinha-Empresa de Electricidade; Mercado-Infante; Campo da Barca-Carreira;
e) Criação de uma rede de transportes escolares;
f) Limitação do estacionamento de superfície na baixa funchalense;
g) Implementação do metro de superfície aos concelhos limítrofes do Funchal.
Mas sobre este assunto muito haveria a dizer. Urge, portanto, um debate profundo e sério que, aliás, vem sendo reclamado há muitos anos na Câmara do Funchal. Na qualidade de Vereador vezes sem conta tentei, na Câmara do Funchal, despertar a restante Vereação para este problema. Pode alguém aceitar que a média horária do transporte público (Horários do Funchal) seja de 19 km? Por aqui se vê o muito que há a fazer pela qualidade de vida no Funchal.

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