Ontem, na sequência da intervenção do Secretário das Finanças, cheguei a admitir que toda a Administração Pública veria contado todo o tempo de serviço congelado durante 28 meses, para efeitos de reposicionamento nos novos escalões das diversas carreiras. Admiti, mas enganei-me porque, esta manhã, o Secretário foi claro ao dizer que esse é um problema do governo da República e que quando lá resolverem será aplicado na Madeira. A justificação dada foi o da intercomunicabilidade de carreiras no todo nacional.
Ora, isto nada tem a ver com a intercomunicabilidade, pois se assim fosse, a Região Autónoma dos Açores, não tinha implementado tal medida. Tratou-se de uma desculpa politicamente esfarrapada. Daqui se conclui que o que subsiste é má vontade política e, sendo assim, todos os funcionários da Administração Pública Regional e Local verão, pelo menos neste Orçamento, os seus legítimos direitos ignorados.
Apenas uma nota: é que não está sequer em causa o pagamento retroactivo de 28 meses de congelamento, mas apenas a contagem desse tempo para efeitos de reposicionamento nos escalões entretanto criados. Só isso. E só a partir daí, sim, os trabalhadores passariam a dispor dos salários correspondentes ao respectivo reposicionamento. O governo nega o que nos Açores foi assumido no âmbito da sua capacidade autonómica, pelo que resta aos trabalhadores tomarem consciência desta atitude. No essencial, o presidente do governo cumpriu o que disse: "propostas da oposição entram por um lado e saem pelo outro".
1 comentário:
O problema é que deste que seja para eles (governo regional) pagarem poêm-se de fora,como se ouve por vezes dizer, "para mamar cá estou eu,para pagar é com os outros".
Cumprimentos
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