Aproximam-se dois momentos de relevante importância: o debate, na Assembleia da República, sobre a Lei das Finanças Regionais e, na Assembleia da Madeira, o Programa de Investimentos e Despesas para 2010. Dois documentos de relevante importância que importaria debater aos olhos de todos os madeirenses e porto-santenses.
E já que na Assembleia da Madeira, por razões regimentais sobejamente conhecidas, tal não é possível, pelo menos, na RTP-Madeira esse passo deveria ser dado. Gostaria de ver um frente-a-frente, nestas matérias, entre o Presidente do Governo e um representante do maior partido da oposição. Gostaria de ver, em alternativa, face à crónica fuga do Presidente ao debate dos dossiês da governação da Madeira, um frente-a-frente entre o Secretário Regional das Finanças e o Deputado Carlos Pereira. Tenho respeito e elevada consideração por todos os partidos com assento parlamentar mas, neste momento, porque se trata de uma área de formação muito específica, debates alargados convenhamos que não conduzem a nada. No essencial, um debate esclarecedor sobre a verdade dos números, se esta LFR foi ou penalizadora para a Madeira (falam em 200 milhões mas ninguém explica como, quando as contas conduzem a uma transferência de menos 6 milhões em três anos) e que significado tem para toda a população este Orçamento Regional de 2010, no montante de 1531 milhões de euros. Apenas duas perguntas e os convidados que debatam e expliquem. É um dever da estação pública e uma obrigação de ninguém recusar a participação.
Quando vemos o Primeiro-Ministro e todo o governo, na Assembleia da República, debater os problemas aos olhos dos portugueses, por aqui, temos um presidente que só fala a solo, repudia ser confrontado com outros pontos de vista, com outras análises e com outras verdades. Quando, por lá, vemos os ministros serem chamados para se pronunciarem sobre qualquer matéria, por aqui, o Secretário das Finanças, em um momento de enorme significado político, surge a solo, na RTP-M, a vender, sem oposição, o seu "peixe" como quer e melhor entende.
Quando vemos o Primeiro-Ministro e todo o governo, na Assembleia da República, debater os problemas aos olhos dos portugueses, por aqui, temos um presidente que só fala a solo, repudia ser confrontado com outros pontos de vista, com outras análises e com outras verdades. Quando, por lá, vemos os ministros serem chamados para se pronunciarem sobre qualquer matéria, por aqui, o Secretário das Finanças, em um momento de enorme significado político, surge a solo, na RTP-M, a vender, sem oposição, o seu "peixe" como quer e melhor entende.
Já Ben Baddikian, citado por Jorge de Campos (1994), in A Caixa Negra, sublinhava: "(...) quando produzem, deliberadamente, mensagens que não correspondem à realidade da existência social, os gestores dos média acabam por se tornar gestores das mentes". É o que acontece por aqui, infelizmente.
Foto: Google Imagens.
2 comentários:
Fácil:
Se tivessemos o mesmo tratamento (verbas) dadas aos (socialistas) Açores, em vez de -6 milhões por ano teríamos +185 milhões por ano.
Ora, 185-(-6)= 191 milhões...
Ora cá estão os (mais ou menos) 200 milhões.
Desde que Sócrates decretou garrote à Madeira temos -191 milhões/ano (em relação ao que passou a ter os Açores, antes tratados de forma igual à Madeira).
Obrigado pelo seu comentário.
A Madeira é tratada de forma igual. Não há diferenças na LFR. Portanto, permita-me, é fácil dizer que existe uma dívida de 200 milhões, só que, quando se pede para a "esmiuçar" ninguém sabe. Eu também estou interessado em saber, mas ninguém explica com dados factuais. O problema está aí. E está, também, um pouco, no texto que hoje publiquei.
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