Pergunto, por outro lado, mas quem tem medo de discutir a Região? Quem tem medo de debater a dívida de 7,3 mil milhões de euros, os 75.000 pobres, os 20.000 desempregados, a caótica situação da maioria dos empresários, a fragilidade do sector do turismo e dos transportes, o sistema de saúde ou a educação? Pergunto, quem não quer, de forma séria, honesta e com rigor, aos olhos de todos, discutir os caminhos para a solução dos nossos problemas? Se há um que foge ao debate, tal não pode ser impeditivo de os outros oito confrontarem as suas propostas. O “serviço público” não pode ser confundido com as lógicas editoriais do Jornal da Madeira onde um e apenas um desfruta de todo o espaço para, de borla, fazer a sua campanha. O “serviço público” a todos pertence pois é pago por todos, daí que exija o cumprimento das suas obrigações para com o povo.
A situação é muito preocupante. Constitui um ataque à Democracia, aos direitos de cidadania e ao próprio regime parlamentar, a inexistência de debates no “serviço público” de rádio e de televisão, esclarecedores das propostas dos diversos partidos concorrentes às eleições legislativas regionais.
Ao contrário do Diário de Notícias que numa atitude extremamente louvável, já reuniu com os partidos, definiu as regras e abriu o debate com todos, entre os cabeças de lista, percorrendo todos os temas importantes, o “serviço público”, fecha-se, o que corresponde a uma atitude contrária ao princípio constitucional no quadro da salvaguarda da “independência perante o Governo, a Administração e os demais poderes públicos (…) e assegurando “a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião”. O DN, de natureza privada, criou essas condições, o “serviço público” refugia-se. Não aceito este comportamento que, aliás, não é novo. Sempre foi assim, agora, descaradamente assumido. Não é por acaso que o “serviço público”, há mais de um mês, retirou da grelha de informação não diária o programa “Parlamento”, numa altura que mais se justificava a existência de debates. Podia até entender a suspensão de tal programa se se tratasse da implementação de um novo formato. Mas não, o que está em causa é um claro bloqueio ao debate, numa altura que ele mais se faz sentir.
Faltam 60 dias para o fim da campanha. E não é no período de duas semanas constitucionalmente previstas que se forma uma opinião sobre as diversas candidaturas. Ela constrói-se muito tempo antes colocando em confronto os cabeças de lista. Não as segundas e terceiras figuras, mas aqueles que são a referência principal das candidaturas. E neste processo, directa ou indirectamente, como garante do cumprimento da Constituição da República, do normal funcionamento das instituições, do exercício pleno da cidadania, do direito ao esclarecimento livre, questiono o Senhor Presidente da República no quadro da sua magistratura de influência. Ele tem o dever constitucional de actuar.
Pergunto, por outro lado, mas quem tem medo de discutir a Região? Quem tem medo de debater a dívida de 7,3 mil milhões de euros, os 75.000 pobres, os 20.000 desempregados, a caótica situação da maioria dos empresários, a fragilidade do sector do turismo e dos transportes, o sistema de saúde ou a educação? Pergunto, quem não quer, de forma séria, honesta e com rigor, aos olhos de todos, discutir os caminhos para a solução dos nossos problemas? Se há um que foge ao debate, tal não pode ser impeditivo de os outros oito confrontarem as suas propostas. O “serviço público” não pode ser confundido com as lógicas editoriais do Jornal da Madeira onde um e apenas um desfruta de todo o espaço para, de borla, fazer a sua campanha. O “serviço público” a todos pertence pois é pago por todos, daí que exija o cumprimento das suas obrigações para com o povo.
Quero debater com todos e particularmente com o candidato Dr. Alberto João Jardim o passado, o presente e o futuro da Madeira. Quero que os madeirenses e porto-santenses escolham em liberdade depois de esclarecidos. Exijo transparência no processo político no quadro da informação plural. Em Democracia não existe uns e outros. Todos devem partir em pé de igualdade para um novo acto eleitoral e se alguém tem medo do debate que desista. E não venham com a desculpa esfarrapada da falta de meios, pois ainda neste último fim-de-semana ficou clara a grandeza dos meios disponibilizados para a cobertura do rali Vinho Madeira. Os problemas da Região são muito graves e complexos e, por isso mesmo, merecem uma profunda reflexão.
Ao contrário do Diário de Notícias que numa atitude extremamente louvável, já reuniu com os partidos, definiu as regras e abriu o debate com todos, entre os cabeças de lista, percorrendo todos os temas importantes, o “serviço público”, fecha-se, o que corresponde a uma atitude contrária ao princípio constitucional no quadro da salvaguarda da “independência perante o Governo, a Administração e os demais poderes públicos (…) e assegurando “a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião”. O DN, de natureza privada, criou essas condições, o “serviço público” refugia-se. Não aceito este comportamento que, aliás, não é novo. Sempre foi assim, agora, descaradamente assumido. Não é por acaso que o “serviço público”, há mais de um mês, retirou da grelha de informação não diária o programa “Parlamento”, numa altura que mais se justificava a existência de debates. Podia até entender a suspensão de tal programa se se tratasse da implementação de um novo formato. Mas não, o que está em causa é um claro bloqueio ao debate, numa altura que ele mais se faz sentir.
Faltam 60 dias para o fim da campanha. E não é no período de duas semanas constitucionalmente previstas que se forma uma opinião sobre as diversas candidaturas. Ela constrói-se muito tempo antes colocando em confronto os cabeças de lista. Não as segundas e terceiras figuras, mas aqueles que são a referência principal das candidaturas. E neste processo, directa ou indirectamente, como garante do cumprimento da Constituição da República, do normal funcionamento das instituições, do exercício pleno da cidadania, do direito ao esclarecimento livre, questiono o Senhor Presidente da República no quadro da sua magistratura de influência. Ele tem o dever constitucional de actuar.
Pergunto, por outro lado, mas quem tem medo de discutir a Região? Quem tem medo de debater a dívida de 7,3 mil milhões de euros, os 75.000 pobres, os 20.000 desempregados, a caótica situação da maioria dos empresários, a fragilidade do sector do turismo e dos transportes, o sistema de saúde ou a educação? Pergunto, quem não quer, de forma séria, honesta e com rigor, aos olhos de todos, discutir os caminhos para a solução dos nossos problemas? Se há um que foge ao debate, tal não pode ser impeditivo de os outros oito confrontarem as suas propostas. O “serviço público” não pode ser confundido com as lógicas editoriais do Jornal da Madeira onde um e apenas um desfruta de todo o espaço para, de borla, fazer a sua campanha. O “serviço público” a todos pertence pois é pago por todos, daí que exija o cumprimento das suas obrigações para com o povo.
Quero debater com todos e particularmente com o candidato Dr. Alberto João Jardim o passado, o presente e o futuro da Madeira. Quero que os madeirenses e porto-santenses escolham em liberdade depois de esclarecidos. Exijo transparência no processo político no quadro da informação plural. Em Democracia não existe uns e outros. Todos devem partir em pé de igualdade para um novo acto eleitoral e se alguém tem medo do debate que desista. E não venham com a desculpa esfarrapada da falta de meios, pois ainda neste último fim-de-semana ficou clara a grandeza dos meios disponibilizados para a cobertura do rali Vinho Madeira. Os problemas da Região são muito graves e complexos e, por isso mesmo, merecem uma profunda reflexão.
Ilustração: Google Imagens.
NOTA:
Texto da candidatura do Dr. Maximiano Martins sobre a questão dos debates no "serviço público" de rádio e televisão.
2 comentários:
Caro André Escórcio
A COVARDIA tem "argumentos" muito próprios.
E tenho pena,associada a uma imensa vergonha,de haver uma maioria eleitoral que se deixa manipular por quem desconhece a palavra escrúpulo.
Obrigado pelo seu comentário.
O dito, ainda hoje, considerou o director do DN como "piolheira". Mas ele sabe o povo que criou com as suas políticas...
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