O quero, posso e mando, a arrogância sem limites, o regabofe dos encargos que não respeitam as prioridades e a intolerância da maioria parlamentar na Assembleia Legislativa, que agora não tem um Sócrates para bater, tem os dias contados. A população ainda vai assistir a um certo estrebuchar político ou, qual Tarik Aziz, a dizerem por aí que tudo está sob controlo. O habitual, só que as regras mudaram, por culpa única e exclusiva destes senhores agarrados ao poder que nem lapas à rocha. Tanto fizeram que mataram a Autonomia e fizeram a Madeira retroceder trinta e tal anos. Resta agora saber por quanto tempo.
Afinal, era só garganta! |
O presidente do governo regional da Madeira acaba de sofrer mais uma humilhação política. Mas, pior do que essa humilhação pessoal está o povo que vai sofrer e, particularmente, os empresários que esperam e desesperam pela liquidação de milhares de facturas. De uma necessidade imediata de cerca de oitenta milhões, o Ministério das Finanças, ao disponibilizar 19,4 milhões de euros, deu um sinal muito claro que o presidente do governo não mais vai fazer do dinheiro público o que quer e entende. Desta vez, segundo se sabe, o dinheiro nem passará pelos cofres do governo regional, já que será o próprio ministério a liquidar, directamente, o constante das guias de pagamento, onde se incluem o IRS e a Segurança Social dos funcionários (notícia DN-Madeira que pode ser lida aqui).
E tudo leva a crer que, doravante, assim será. O quero, posso e mando, a arrogância sem limites, o regabofe dos encargos que não respeitam as prioridades e a intolerância da maioria parlamentar na Assembleia Legislativa, que agora não tem um Sócrates para bater, tem os dias contados. A população ainda vai assistir a um certo estrebuchar político ou, qual Tarik Aziz, a dizerem por aí que tudo está sob controlo. O habitual, só que as regras mudaram, por culpa única e exclusiva destes senhores agarrados ao poder que nem lapas à rocha. Tanto fizeram que mataram a Autonomia e fizeram a Madeira retroceder trinta e tal anos. Resta agora saber por quanto tempo. Porque o problema, denunciado há muitos anos, é grave e, sem cêntimo que lhes valha, ficámos todos à mercê das imposições de quem empresta o dinheirinho da sobrevivência. Eu que nunca fui e não sou pessoa de vinganças, que fico constrangido quando vejo alguém em apuros, também entendo que estas questões ultrapassam em muito a administração política. A gravosa situação em que se encontram os madeirenses e porto-santenses leva-me a dizer que há políticos que deveriam ser julgados. Julgados nas urnas e na Justiça. Não é admissível que o exercício da política não seja concretizado na base do rigor e da transparência. E se há, porventura, gestão danosa que coloca em causa uma Região de 270.000 pessoas, aí, a Justiça, não sei porque meios e isso a mim não me compete definir, deveria investigar e actuar.
Nesta completa e vergonhosa humilhação, oiço, esta manhã, o Senhor Presidente da Assembleia Legislativa pedir para que o povo RESISTA. Resistir a quê? Resistir a quem a Madeira deve, apoiando as megalomanias concretizadas e que nos levaram à bancarrota? Ora, o problema não é de resistência. O problema é de mudança de governo, mudança de partido e de mudança de personagens, no sentido da credibilidade e da respeitabilidade perante o País e perante a Europa. A Madeira não tem de resistir nem de se subjugar. A Madeira precisa de gente com capacidade negocial, políticos que falem a verdade, que não utilizem a sistemática mentira para se manterem no poder. A Madeira precisa de homens e mulheres de inteligência, com capacidade técnica e política, gente com soluções, gente que não utilize o poder para satisfação pessoal e de grupos. É disso que a Região precisa de gente de bem e com sentido de missão, que entendam que governar não é um emprego para a vida, mas um serviço público à comunidade balizada no tempo. Daí que, resta-lhes a demissão. Se tiverem um pingo de vergonha e de humildade devem partir, porque tudo tem o seu tempo.
Ilustração: Google Imagens.
4 comentários:
Pois é, diz bem “…está o povo que vai sofrer”, e na verdade há quem não seja culpado e vá sofrer, desses tenho muita pena, porque para além de sofrerem com a economia sofrem naquele sufoco democrático. Do resto, estes: http://rendarroios.blogspot.com/2011/09/portugal-nao-e-grecia-e-madeira.html
os que ululam há anos no Chão da Lagoa, só têm que comer o pão que amassaram e desses que me desculpem mas não posso ter pena. Bastava terem olhado mais para cima, para o equilíbrio e tolerância que são os Açores para perceberem o que teriam de fazer. E o pior é que quem vier a seguir, será sempre comparado por aquela gente com os anos de "ouro" de Jardim. Uma injustiça tremenda.
Obrigado pelo seu comentário.
Apesar de todos os constrangimentos, um Bom Ano.
O Senhor é um optimista!
"Se tiverem um pingo de vergonha e de humildade(...)" !?!!!!
Qual vergonha,qual humildade!
Só quando forem corridos a pontapé,largarão o bem-bom em que estão viciados.
Até lá,vão continuar a chupar o tutano e a pouca carniça que revista os ossos calcinados dos broncos (e não só) dos que estupidamente sempre lhes conferiram,"democraticamente", o Poder...de os(e nos) escravizar.
"(...)devem partir,(...)."
De motu próprio,nunca o farão. Um dia terão de fugir.
Obrigado pelo seu comentário.
É verdade... qual vergonha e qual humildade! Não têm.
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