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quinta-feira, 3 de maio de 2012

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA MADEIRA ESTÁ A PIQUE


Será que ninguém consegue pôr cobro a esta pouca-vergonha legitimada por eleições? Onde estão o Presidente da República, o Representante da República, os Órgãos de Soberania, aqueles que têm o dever de acautelar o regular funcionamento das instituições democráticas? Numa altura que a Região, por culpa exclusiva de quem a governou, está de tanga, o cofre está vazio, cresce o desemprego e cresce a pobreza, numa altura em que está toda a população encostada à parede por via de uma insensata dupla austeridade, numa altura em que os prazos de pagamento às empresas rondam os 600 dias (19 nos Açores), numa altura que necessário se torna intervir para não agravar, o que fazem estas figuras do topo da hierarquia portuguesa? Têm medo? Medo de quê? Da língua política do presidente do governo regional? Isto acaba mal, ora se acaba!


Livres? Só quando o Povo disser Basta.
Está próximo! 
Já não há pachorra para aceitar a normal anormalidade da Assembleia Legislativa da Madeira. Os acontecimentos desta manhã, infelizmente, continuam a dar razão a muitos cidadãos que olham para aquele espaço da Autonomia com uma enorme tristeza. Afinal, foi para isto, dirão, que muitos, ao longo de dezenas de anos, lutaram para que fossem os madeirenses a decidirem o seu futuro? Isto é, para que o espaço da Autonomia e da vivência democrática fosse, eu diria, "vandalizado", tomado de assalto por uma maioria política acéfala que, a todo o custo, quer manter uma posição de quero, posso e mando, servindo-se da ofensa permanente como arma para tentar calar e impor o seu registo ditatorial? Não, não foi para isto que, muito antes do 25 de Abril, lutaram e ansiaram, tantos homens e mulheres, num tempo que afirmar convicções era extremamente perigoso e que muitos pagaram com a prisão e com a tortura a desejada liberdade. Era isto que, muitos dos que ali estão sentados naquela maioria política, deveriam interiorizar, isto é, trazer em memória a História e nela assentar os seus comportamentos. Porém, tantos que ali estão sentados, alguns, até, perdoem-me a expressão, "políticos de aviário", sabem lá o que foi a luta pela democracia, a luta por princípios e por valores, enquanto outros se escondiam, se abrigavam e viviam, direta ou indiretamente, à mesa do anterior regime! Perguntem ao Dr. Jardim ou leiam o Voz da Madeira!
Ora, as cenas desta manhã, os atropelos e as palavras ditas, continuam na linha do desastre, da desacreditação, onde emerge, por parte da Mesa, um peso e duas medidas, com a "lei" a ser aplicada, com mais ou menos rigor, de acordo com a conveniência. As pessoas têm razão quando olham para os acontecimentos e criticam a Assembleia. Ela, no fundo, é o espelho de um homem sentado na "Quinta das Angústias", que deseja que aquilo assim funcione, que deseja que nada se debata com seriedade, que tudo seja chumbado, pois assim, pensa ele, escapa à crítica e mantém-se "virgem" no seu reinado. Está enganado, porque a verdadeira situação da Madeira, a situação económica, financeira, social, cultural, a situação de absoluta fragilidade dos vários sistemas, tarde ou cedo, encontrará um responsável. Em qualquer parte foi e é assim, não há razões para que por aqui seja diferente.
Uma vez mais, aqui saliento, será que ninguém consegue pôr cobro a esta pouca-vergonha legitimada por eleições? Onde estão o Presidente da República, o Representante da República, os Órgãos de Soberania, aqueles que têm o dever de acautelar o regular funcionamento das instituições democráticas? Numa altura que a Região, por culpa exclusiva de quem a governou, está de tanga, o cofre está vazio, cresce o desemprego e cresce a pobreza, numa altura em que está toda a população encostada à parede por via de uma insensata dupla austeridade, numa altura em que os prazos de pagamento às empresas rondam os 600 dias (19 nos Açores), numa altura que necessário se torna intervir para não agravar, o que fazem estas figuras do topo da hierarquia portuguesa? Têm medo? Medo de quê? Da língua política do presidente do governo regional? Isto acaba mal, ora se acaba!
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

António Trancoso disse...

Meu Caro e Bom Amigo
Pôr termo a esta pouca-vergonha,o Presidente da República,conseguir...consegue! Mas...não quer!
Quem tem telhados de vidro,calça pantufas!
Um abraço.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
O PR, tarde ou cedo, terá de intervir.
Um abraço.