Quando ele discursa sinto que as pessoas sentem um vazio, uns riem e, outros, pedem-lhe para ir pregar para o adro de outra freguesia. Foram 36 anos de ilusões, de políticas ao seu serviço e não do desenvolvimento. É um político que transporta uma montanha de erros, acumulados no facto de ter pensado sempre em si, na próxima eleição e não na geração seguinte. E foi assim que a fatura surgiu, está aí, para ser paga por todos, pelos que podem e pelos que nada têm. Se existe um plano de reajustamento financeiro, pergunta-se, fica a dever-se a quem e a que políticas? Portanto, porque tudo isto se mete pelo cinto, a fome e as carências vão ser, naturalmente cobradas.
O semanário TRIBUNA DA MADEIRA questionou-me: "Perante tudo o que tem acontecido nos últimos tempos, com graves consequências para a Madeira, e para a sua imagem, acha que Alberto João Jardim deve apresentar a sua demissão? E porquê?
A resposta vem na edição desta semana. Aqui fica o registo.
"A cada dia que se passa, os problemas ganham uma nova dimensão. Há um efeito de bola de neve incontrolável, consubstanciada no crescimento do desemprego, na falência do sistema empresarial, na degradação do sistema social e na absoluta falta de liquidez. Os vários sistemas estão em conflito e é visível a ausência de homeostasia funcional. A Madeira está à porta de uma convulsão social muito grave e é absurdo que o Presidente tente iludir e iludir-se com a situação. Aliás, todo o seu comportamento demonstra que já não governa, apenas tenta apertar os parafusos e porcas que se vão soltando dos desconjuntados sistemas internos e externos. Numa análise fina à situação eu creio que não é apenas a perda de apoios partidários que estão em causa, porque sinais existem que parecem provar o afastamento de instituições e setores da sociedade que constituíam os escudos e almofadas da sua política. Pergunto: a Igreja ainda o apoia incondicionalmente? E os empresários, desde os mais próximos que muito beneficiaram com as suas políticas? E os dirigentes dos movimentos associativos?
Ora, quando ele discursa sinto que as pessoas sentem um vazio, uns riem e, outros, pedem-lhe para ir pregar para o adro de outra freguesia. Foram 36 anos de ilusões, de políticas ao seu serviço e não do desenvolvimento. É um político que transporta uma montanha de erros, acumulados no facto de ter pensado sempre em si, na próxima eleição e não na geração seguinte. E foi assim que a fatura surgiu, está aí, para ser paga por todos, pelos que podem e pelos que nada têm. Se existe um plano de reajustamento financeiro, pergunta-se, fica a dever-se a quem e a que políticas? Portanto, porque tudo isto se mete pelo cinto, a fome e as carências vão ser, naturalmente cobradas.
Globalmente, a situação é já de loucura, de quem a tudo se agarra para safar-se, de quem se sente perdido, só e desacreditado, que dispara indiscriminadamente para provar a inocência política, quando ele sempre se considerou o centro da decisão e o “único importante” no processo, quando todos tinham de girar e ajoelhar à sua volta. Analisada a situação parece-me óbvio que não tem condições nem pessoais nem políticas para governar. A Madeira está parada, está em coma político e com vida vegetativa. A sua presença compromete o futuro. Há que assumir que ele é o problema, não é a solução. Deve, por isso, urgentemente sair. O Presidente da República não pode ser cúmplice e, neste contexto, deveria ouvir os partidos e marcar eleições antecipadas, não só porque o PSD dispõe de menos de 50% dos votos expressos, como também pelo facto do PSD não ser alternativa a si próprio. Seria um erro grave e um atentado à democracia se o Presidente da República permitisse um nome alternativo ao seu. Isso corresponderia a mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma. Não é isso que interessa à Madeira e não é isso que a maioria da população exige".
"A cada dia que se passa, os problemas ganham uma nova dimensão. Há um efeito de bola de neve incontrolável, consubstanciada no crescimento do desemprego, na falência do sistema empresarial, na degradação do sistema social e na absoluta falta de liquidez. Os vários sistemas estão em conflito e é visível a ausência de homeostasia funcional. A Madeira está à porta de uma convulsão social muito grave e é absurdo que o Presidente tente iludir e iludir-se com a situação. Aliás, todo o seu comportamento demonstra que já não governa, apenas tenta apertar os parafusos e porcas que se vão soltando dos desconjuntados sistemas internos e externos. Numa análise fina à situação eu creio que não é apenas a perda de apoios partidários que estão em causa, porque sinais existem que parecem provar o afastamento de instituições e setores da sociedade que constituíam os escudos e almofadas da sua política. Pergunto: a Igreja ainda o apoia incondicionalmente? E os empresários, desde os mais próximos que muito beneficiaram com as suas políticas? E os dirigentes dos movimentos associativos?
Ora, quando ele discursa sinto que as pessoas sentem um vazio, uns riem e, outros, pedem-lhe para ir pregar para o adro de outra freguesia. Foram 36 anos de ilusões, de políticas ao seu serviço e não do desenvolvimento. É um político que transporta uma montanha de erros, acumulados no facto de ter pensado sempre em si, na próxima eleição e não na geração seguinte. E foi assim que a fatura surgiu, está aí, para ser paga por todos, pelos que podem e pelos que nada têm. Se existe um plano de reajustamento financeiro, pergunta-se, fica a dever-se a quem e a que políticas? Portanto, porque tudo isto se mete pelo cinto, a fome e as carências vão ser, naturalmente cobradas.
Globalmente, a situação é já de loucura, de quem a tudo se agarra para safar-se, de quem se sente perdido, só e desacreditado, que dispara indiscriminadamente para provar a inocência política, quando ele sempre se considerou o centro da decisão e o “único importante” no processo, quando todos tinham de girar e ajoelhar à sua volta. Analisada a situação parece-me óbvio que não tem condições nem pessoais nem políticas para governar. A Madeira está parada, está em coma político e com vida vegetativa. A sua presença compromete o futuro. Há que assumir que ele é o problema, não é a solução. Deve, por isso, urgentemente sair. O Presidente da República não pode ser cúmplice e, neste contexto, deveria ouvir os partidos e marcar eleições antecipadas, não só porque o PSD dispõe de menos de 50% dos votos expressos, como também pelo facto do PSD não ser alternativa a si próprio. Seria um erro grave e um atentado à democracia se o Presidente da República permitisse um nome alternativo ao seu. Isso corresponderia a mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma. Não é isso que interessa à Madeira e não é isso que a maioria da população exige".
Ilustração: Google Imagens.
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