No início da crise escrevi: "(...) Desconheço as causas mais profundas da situação. Daí que não emita qualquer juízo de valor. Sei do essencial que tem sido veiculado pelos órgãos de comunicação social. Enquanto cidadão gostaria de perceber o que se encontra por detrás deste quadro negro. Simplesmente porque acho esquisito, desbaratar em pouco mais de seis meses, o capital de MUDANÇA saído da lotaria dos votos. Esquisito, porque cinco pessoas foram eleitas de acordo com um excelente PROGRAMA, e bastaria que por aí se guiassem, com rigor e determinação. Apenas isso. Tal não está a acontecer e daí que, politicamente, ninguém possa ignorar a realidade". Escrevi e mantenho esse posicionamento. Disse, na altura, que, naquele quadro, repito, naquele quadro, porque houve uns senhores de crítica mal intencionada, a solução seria partir para eleições intercalares. Hoje, porém, a situação parece ser diferente com a renúncia ao mandato de três vereadores, facto que abriu espaço para a recomposição da equipa inicialmente eleita. Isto significa que o Dr. Paulo Cafôfo ganhou, na expressão do DN-Madeira, um novo "fôlego". É evidente que desconheço os meandros desta crise, as suas causas, não as difundidas através de comunicados, mas a que se aproximam da realidade. A história parece-me ser mais complexa. Tudo isto entristeceu-me, deixou-me e deixa-me, ainda, irritado porque, parece-me óbvio, que os munícipes do Funchal e a Madeira em geral estavam e estão de olhos postos na "MUDANÇA" visando outras inadiáveis mudanças. Oxalá que, depois da tempestade, este seja um tempo de bonança.
A renúncia aos mandatos foi uma solução prestigiante para os três vereadores que, insatisfeitos, fizeram tal opção, garantindo, dessa forma, a governabilidade da Câmara. Independentemente das suas razões, trata-se de uma atitude de grande elevação democrática e, sobretudo, de sentido de responsabilidade perante a ansiada "MUDANÇA". Espero, doravante, se, entretanto, não existirem outros desenvolvimentos negativos, duas coisas: primeiro, que os elementos chamados ao executivo, em pelouros tão sensíveis quanto os que estão em causa, cumpram, técnica e politicamente, de forma irrepreensível; em segundo lugar, que ninguém se esqueça que os eleitores são capazes de perdoar uma vez, mas não perdoarão uma segunda crise. Eu diria que não existe margem para erros.
Os novos vereadores executivos gozarão, inclusive, de um período muito curto de benefício da dúvida, de "estado de graça", pelo que, todos terão de fazer "horas extras" para garantirem a normalidade de funcionamento e a concretização do programa da "MUDANÇA". Desde já, felicidades.
Ilustração: Google Imagens.
2 comentários:
A eficácia desta coligação poderá trazer para a comunidade madeirense, a esperança de que a Mudança poderá ser realmente possível e também possivelmente o seu contrário. Há muitos olhos postos neste projecto, dentro e fora da região, como é o meu caso. Há muita gente que deseja, o seu sucesso, porque percebe que o seu exemplo pode ser fundamental para que a comunidade acredite que a Madeira tem futuro. O protagonismo terá de ser o interesse colectivo.
Os predadores estão atentos e vão explorar, reclamar,proclamar e potenciar todo e qualquer percalço.
Abraço. JV
Obrigado pelo seu comentário. Absolutamente de acordo.
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