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quinta-feira, 15 de maio de 2014

ELEIÇÕES INTERCALARES


A situação política a que a Câmara do Funchal chegou, determina uma absoluta necessidade de partir para eleições intercalares. Vou por partes: não é a MUDANÇA política no Funchal e na Região que está em causa, mas sim os recentes protagonistas dessa viragem histórica. A MUDANÇA constitui uma NECESSIDADE absoluta, porque quase quarenta anos de poder monocolor deixaram um rasto de mais de seis mil milhões de dívidas (estamos a pagar uma dupla e penosa austeridade devido a esses senhores), pobreza, desemprego, conluios, ofensas, perseguições, utilização indevida dos dinheiros públicos (Jornal da Madeira, por exemplo) governamentalização das instituições públicas e privadas, um governo a contas com a Justiça (processo Cuba Livre) e permanentemente sujeito a críticas por parte do Tribunal de Contas. Ora, se isto não é motivo de MUDANÇA urgente, pergunto, o que necessário será para concluir que, quem esteve, de forma absoluta no governo e nas autarquias, deve ser claramente afastado? Daí que, “MUDANÇA” seja uma coisa e protagonistas outra.


Desconheço as causas mais profundas da situação. Daí que não emita qualquer juízo de valor. Sei do essencial que tem sido veiculado pelos órgãos de comunicação social. Enquanto cidadão gostaria de perceber o que se encontra por detrás deste quadro negro. Simplesmente porque acho esquisito, desbaratar em pouco mais de seis meses, o capital de MUDANÇA saído da lotaria dos votos. Esquisito, porque cinco pessoas foram eleitas de acordo com um excelente PROGRAMA, e bastaria que por aí se guiassem, com rigor e determinação. Apenas isso. Tal não está a acontecer e daí que, politicamente, ninguém possa ignorar a realidade. 
Escrevo revoltado porque não admiti, como hipótese, um cenário como o que tem vindo a público. Revolta porque milhares de funchalenses souberam dizer basta; revolta porque uma situação destas poderá comprometer o futuro pelo qual tantos milhares ansiaram. E sendo assim, manda a minha dignidade democrática e a minha LIBERDADE que eu assuma a necessidade do povo ser consultado em eleições intercalares. Não há outra saída possível. Mas, repito, não é a MUDANÇA que está em causa, mas sim um processo que falhou. E há que tentar novamente. Os do passado, esses, não são a solução para o futuro. São apenas passado.
Ilustração: Google Imagens.

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