(...) Mas, se lá, um vitorioso, provavelmente sairá, pergunto, na Federação da Madeira, um líder que perdeu as eleições europeias, o que deverá fazer quando, também no horizonte, estão as legislativas regionais? Quando é sintomática a dificuldade em juntar os partidos políticos para uma coligação sob a égide do actual líder do PS? Quando o seu nível de aceitação popular não permite acalentar a hipótese de "mudança" no próximo ano? Regresso ao princípio: se eu estivesse nesse lugar convocaria um congresso. Já. E pelas mesmas razões não concorreria. Finalmente, li a edição de hoje do DN-Madeira. Apesar de não ter qualquer responsabilidade política no PS-Madeira, a quem apenas pago as quotas, desde já anuncio que votarei no Dr. Carlos Pereira, caso venha a candidatar-se, por entender que é a única solução na construção de uma alternativa, inclusive, com possibilidades de acordos com outras forças políticas.
Se eu estivesse no lugar de Seguro, perante duas eleições vitoriosas e depois de três anos a credibilizar o partido, no próximo Sábado, na Comissão Nacional, por paradoxal que pareça, colocaria o lugar à disposição dos militantes e convocaria eleições. Uma posição, esta sim, irrevogável". E mais, não concorreria à liderança. Apenas saía, em alta, apesar de, naturalmente, contar com muitos apoios. Seguro deveria assumir esta posição, magoado, é certo, mas, em nome do PS e do futuro do país, sair pela porta grande e no momento certo. Esse constituiria um acto político que não está ao alcance de muitos, porque é necessária uma alta dose de desprendimento político. Sejam quais forem as causas e as pressões exercidas. Não se trata de fraqueza nem de calculismo, trata-se apenas de uma resposta para não perturbar e prolongar uma crise interna quando as legislativas nacionais estão no horizonte.
Seguro é vítima, também, de uma comunicação social que, desde a primeira hora, não o entendeu. Eu diria que Seguro não caiu em graça. Com poucas excepções, jornalistas e comentadores alinharam pelo mesmo diapasão, mas a verdade é que ganhou as autárquicas e as Europeias. Mesmo assim, a cabeça dos eleitores está feita: este não... venha outro. Costa, neste caso, gera empatia com o eleitorado, vá lá saber-se porquê! Aliás, o mesmo aconteceu com Sócrates. Foi visado, maltratado e responsabilizado, quando se sabia e hoje confirma-se que a crise foi externa, não teve origem no governo da República, que foi uma crise que varreu e continua a varrer a Europa, agravado pelo chumbo do PEC IV que veio a determinar a entrada da Troika em Portugal. Mas a cabeça do povo eleitor foi feita!
Ora, quando isto é tão evidente, julgo, no caso em apreço, que,a Seguro, só lhe restará a saída com a noção do dever cumprido. Envolver-se na questiúncula interna poderá resultar, entre outras, uma de três consequências: primeira, uma sua vitória, por pouco, deixando o partido internamente dividido. Perguntar-se-á, à posteriori, para que serviu o congresso? Se a situação já não era famosa tenderá a degradar-se; segundo, uma vitória tangencial de Costa não favorecerá a necessária unidade interna; terceiro, em qualquer dos casos, dificuldades acrescidas nas eleições legislativas nacionais do próximo ano. Portanto, não vejo outra saída para António José Seguro que não a sua "saída limpa" deste processo.
Mas, se lá, um vitorioso, provavelmente sairá, pergunto, na Federação da Madeira, um líder que perdeu as eleições europeias, o que deverá fazer quando, também no horizonte, estão as legislativas regionais? Quando é sintomática a dificuldade em juntar os partidos políticos para uma nova coligação sob a égide do actual líder do PS? Quando o seu nível de aceitação popular não permite acalentar a hipótese de "mudança" no próximo ano? Regresso ao princípio: se eu estivesse nesse lugar convocaria um congresso. Já. E pelas mesmas razões não concorreria.
Finalmente, li a edição de hoje do DN-Madeira. Apesar de não ter qualquer responsabilidade política no PS-Madeira, a quem apenas pago as quotas, desde já anuncio que votarei no Dr. Carlos Pereira, caso venha a candidatar-se, por entender que é a única solução na construção de uma alternativa, inclusive, com possibilidades de acordos com outras forças políticas.
Ilustração: Google Imagens.
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