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quarta-feira, 24 de maio de 2017

NÃO SABER OCUPAR OS LUGARES INSTITUCIONAIS


Nos últimos dias, duas iniciativas marcaram aquilo que configura uma certa desatenção, para ser brando e compreensivo nas palavras, ao nível do primeiro órgão de governo próprio, a Assembleia Legislativa da Madeira. 


Primeira: a solicitação para um ministro vir prestar declarações à Assembleia. Não é a primeira vez que acontece, quando todos sabem que os membros do governo da República respondem perante a Assembleia da República e nunca perante as assembleias regionais. Se assim não for, não levaria muito tempo e os ministros estariam a responder aos presidentes das câmaras municipais. Foi um alarido de todo o tamanho que só posso considerar como uma trauliteira provocação sem sentido. Segunda: embora menos grave, é certo, o Presidente da Assembleia Regional ter emitido um comunicado contra o ataque soez, vergonhoso e anti-humanidade, perpetrado em Manchester. Não é que não o possa fazer, mas a título individual e não institucional. Quanto muito apresentaria um voto para apreciação e votação pelos deputados. Simplesmente porque compete ao Presidente da República, à Assembleia da República e ao Primeiro-Ministro de Portugal manifestarem, por um lado, o repúdio, por outro, a solidariedade ao povo da Grã-Bretanha por tão vil atentado. 
Há regras a cumprir pelos órgãos institucionais, pelo que são errados os atropelos, quer sejam os que se enquadram no combate político, embora sem sentido, quer aqueles que visam, julgo eu, dizer "estou aqui"! Daí que, necessário se torne, saber ocupar os lugares institucionais.
Ilustração: Google Imagens.

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