Nos últimos meses, um pouco por todo o país, de forma recorrente, têm sido públicas situações que deixam qualquer pessoa a reflectir sobre o comportamento de alguns investidos em funções de natureza política. Situações de pasmar! Como é possível? Eu sei que só depois de uma investigação e de uma decisão por um qualquer Tribunal, transitada em julgado, no caso de condenação é que se pode deduzir que o sujeito x ou y teve comportamentos ilícitos. Até lá ninguém deve ser condenado na praça pública e todos devemos assumir a presunção de inocência. Certo.
Quando alguma situação passa a ser alvo de investigação, aí, qualquer um deve retirar a correspondente leitura política e, imediatamente, não escudar-se em desculpas ou na imunidade plasmada na Lei. O povo não aceita. O povo, no mínimo, fica de pé atrás. Em sua própria defesa e da sua imagem pública, parece-me óbvio que o político se deve afastar, para mais facilmente provar a lisura dos seus comportamentos. Um político ferido na imagem perde a voz, os argumentos e, em muitos casos, fica desacreditado. Ninguém o leva a sério para além dos actos meramente protocolares.
Isto sempre foi assim, quase todos os dias confrontamo-nos com situações constrangedoras, talvez agora mais agravadas, em alguns casos, porque é sensivelmente crescente uma ânsia de poder e ou de dinheiro. Uns atribuem a Mark Twain, outros a Benjamin Franklin, seja a quem for que pertença a frase, de facto, "os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão."
Ilustração: Google Imagens.
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