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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS ANTECIPADAS EM MAIO... É BEM POSSÍVEL


Uma vitória socialista na República corresponderá a uma monumental derrota do Dr. Jardim. E isso poderá ser um factor de alguma relevância na caminhada do PS-Madeira para as eleições legislativas regionais de Outubro de 2011.


O Semanário SOL, na edição de hoje, anuncia como uma inevitabilidade que o País confrontar-se-á, em Maio, com eleições legislativas nacionais, uma vez que PSD e CDS chumbarão o Orçamento de Estado. A estes dois partidos juntar-se-ão o PCP, o BE e os Verdes. Parece-me óbvio que o PS não irá recuar no pacote de austeridade, tampouco no que diz respeito à política de impostos, daí que venha a responsabilizar o PSD pelo derrube do governo. E este aspecto estou em crer que beneficiará o PS. Aliás, numa última sondagem e já depois do anúncio das medidas, o PSD surge à frente do PS por escassos dois pontos percentuais (35-33%). E em um frente a frente Sócrates/Passos Coelho, a experiência governativa e o traquejo político tenderá, penso eu, para o lado socialista. Trata-se, apenas, de uma mera convicção da minha parte. Lembro que, em Setembro, o Engº José Sócrates, depois de quatro meses atrás de Passos Coelho nas sondagens, voltou a liderar nas intenções de voto. Só que, uma eventual vitória de José Sócrates significará, também, um País, dividido e, portanto, a necessitar de acordos parlamentares. Não prevejo a possibilidade de uma qualquer coligação pré-eleitoral. Após as eleições, se de facto se realizarem, os acordos necessariamente terão de ser conseguidos sob pena do país não aguentar tamanha instabilidade.
Mas há aqui um outro aspecto que terá de ser considerado. Uma vitória socialista corresponderá a uma monumental derrota do Dr. Jardim. E isso poderá ser um factor de alguma relevância na caminhada do PS-Madeira para as eleições legislativas regionais de Outubro de 2011.
Bom, mas isto são tudo conjecturas, que devem ser consideradas, pelo menos, por aqui, onde 36 anos de governo ininterruptos estão a levar à falência a terra que nós muito gostamos.

6 comentários:

Anónimo disse...

O PS/M tem todo o interesse em que o PS nacional saia do poder e não o contrário...

amsf

Anónimo disse...

Senhor Professor,

Não conjecture tanto!.... a realidade das coisas não permite esperanças vãs.
V.d´A.

Espaço do João disse...

O menino Passos Coelho, ainda usa fraldas. Não creio que o país corra para eleições antecipadas em Maio próximo.
Então não se vê que não há cu que aguente tamanha canalha? Com que bases parte o PSD para ser governo? O PS está cada vez mais forte, e o Sr. Presidente da República , seja este ou outro que lhe suceda, não vai deixar o país resvalar na lama. Quem são os salvadores da Pátria? O CDS?, O PCP? ,O PSD?, O BE? , não brinquem comigo. Há alguem que os tenha no sítio para pegar na batata quente? Que propostas apresentam? Que soluções? Onde nasceu a crise? Quem foram os responsáveis? Só o Sócrates? Olhe que não! Olhe que não.Onde estão os corruptos? Só no PS? Não brinquem com as espingardas, pois podem estar carregadas e, não de pólvora seca. Tenha um bom fim de semana.

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Não sei, não sei! Tenho muitas dúvidas que assim seja. Depende da estratégia política.

André Escórcio disse...

V. d'A., obrigado pelo seu comentário. A minha "construção" meramente teórica, assenta no desejo de ver a Madeira com um outro rumo político. Trata-se de um raciocínio em função de dados. Não mais do que isso. Ainda ontem um comentador de economia dizia, numa televisão nacional, que o PSD tinha se deslumbrado com as sondagens após o seu Congresso. Hoje as sondagens oferecem intenções de voto diferentes.
É evidente que as sondagens não espelham toda a verdade. Mas são um precioso indicador.
O que lamento é que o Pais vai ficar em gestão durante largos meses e isso é muito perigoso, convenhamos.

André Escórcio disse...

Obrigado, Caro João.
O momento do País é extremamente complexo e tem toda a razão quando deixa transparecer que neste quadro político, importante seria manter o bom senso. Há tanto PSD que pelo governo passou, nos anos 80 e o que se viu? Na Educação, por exemplo, um sector que precisa de estabilidade, o então Primeiro-Ministro Cavaco Silva teve cinco Ministros da Educação em dez anos. Hoje, estamos a pagar a ausência de projecto de há 20 anos. As pessoas, esquecem-se disso. Esquecem-se que, com milhões e milhões de fundos europeus o País não se tornou mais competitivo. No entanto o Professor de Economia, hoje Presidente da República, fala que é preciso investir para vencer a batalha das exportações.