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quinta-feira, 4 de abril de 2019

"O sábio esconde a sua sabedoria, o tolo anuncia a sua ignorância" - Salomão


Tive um grande Amigo que, do alto da sua sabedoria, um dia me disse: "André, para eu falar com certas pessoas tenho que me esquecer do que sei". Uma vez mais a sua presença fez-se sentir quando, há dias, li umas declarações de Jair Bolsonaro, Presidente do Brasil. À saída do Museu do Holocausto, em Israel, disse não ter "dúvidas" de que o nazismo era um regime de esquerda. E não foi só ele, pois o ministro das Relações Exteriores brasileiro afirmou, em 17 de Março, numa entrevista ao canal no YouTube "Brasil Paralelo", que o "fascismo e o nazismo são fenómenos de esquerda". Desta vez Bolsonaro ainda adiantou: "(...) Não há dúvida, não é?Oiça, Partido Nacional Socialista da Alemanha".


"Quando um ministro do Exterior faz esse tipo de afirmação, considero altamente problemático diplomaticamente e um absurdo cientificamente", afirmou a historiadora Stefanie Schüler-Springorum, diretora do Centro para Pesquisa sobre Antissemitismo da Universidade Técnica de Berlim, citada pelo jornal "Folha de São Paulo".
É caso para trazer à colação o provérbio árabe: "Se ele não sabe e sabe que não sabe, é ignorante, ensina-o; se ele sabe e sabe que sabe, é sábio, segue-o; se ele não sabe e pensa que sabe, é louco, foge dele." O problema é que votaram nele!
Este presidente é uma anedota. Uma versão de um outro, por outras razões, claro, que em um visita a uma escola perguntou a uma criança a quantos graus a água fervia. Depois de tanta insistência a criança disse que fervia a 100º. Respondeu o presidente: então ainda não aprendeu isso? A professora remediou o caso segredando ao ouvido do Presidente: a criança tem razão. Retorquiu o presidente de imediato: estava a brincar contigo. O ângulo recto é que ferve a 90!
Ilustração: Google Imagens.

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