Há muitas vezes o pressuposto de que a solidão está associada aos idosos. Neste sentido, deixo um dado, esse sim, que a ciência nos tem proporcionado: parece que aqueles que são mais atingidos pela solidão não são os idosos, são os adolescentes; pelo menos pela aplicação das escalas, aceitando os limites desta aplicação. Há uma maior percentagem de adolescentes atingidos pelos fenómenos da solidão, pelos sintomas da solidão, do que os idosos.
Estou a ler uma notável entrevista com Adalberto Dias Carvalho, Doutor em Filosofia da Educação, Catedrático na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O Professor estudou a exclusão e a intimidade que têm em comum o fenómeno da solidão. Aos poucos, no que me parecer de mais relevante, aqui vou dar nota de uma, repito, notável entrevista, incluída na edição de Verão da revista A Página da Educação.
"A solidão ainda não foi assumida como uma questão para a Educação. Que eu saiba não consta dos programas para a Educação, a não ser na sua forma estética, na literatura... Não consta dos padrões de desempenho dos professores que depois servem de suporte para a avaliação dos docentes. Os padrões de desempenho nunca referem a criança, referem sempre o aluno. O aluno é um dos estatutos da criança, mas por trás do aluno está sempre uma criança, está um ser humano. As preocupações com as competências e a sua definição levam a que se despreze estas dimensões. Embora existam escalas de de solidão, como é que vamos medir o professor que se preocupa com a solidão dos seus alunos? Quanto é que isso consta na classificação da avaliação dos docentes?"
Ilustração: Google Imagens.
NOTA:
Com esta mensagem atingi as 3.000 mensagens neste espaço de comunicação. Curiosamente, esta foi sobre EDUCAÇÃO, o sector pelo qual nutro uma grande paixão.
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