Está na hora de travar a loucura antes que a loucura tome conta de todos.
A Madeira precisa de um governo de salvação regional. Não há qualquer exagero nesta posição. O actual quadro económico, financeiro e social determina a urgência de um novo e corajoso pensamento político relativamente ao futuro. Os indicadores são dramáticos: o total descontrolo das finanças regionais, o desemprego e a pobreza, acrescida da falta de crédito junto da Banca, reclamam a necessidade de um novo paradigma económico e de uma outra sensibilidade social que o Dr. Jardim, depois de 35 anos de governo PSD, não está em condições de assegurar. Mesmo que quisesse não podia, refém que se encontra da teia que ele próprio teceu. Aliás, pergunto, o que move este delirante interesse em se agarrar à cadeira do poder? O “Guiness”, certamente que não.
Ora, esta devastadora e arrepiante crise madeirense, muito anterior à crise internacional e do país, agudizou-se, agora, porque às históricas debilidades regionais, por péssima hierarquização das prioridades, juntaram-se as imposições da ajuda externa. E nesta hora que exige verdade e humildade, o Dr. Jardim teima em continuar a iludir a população, como se o drama não exigisse menos palco e festas da cebola, do pêro ou da cereja, e mais rigor e sensatez discursiva e governativa. Aquilo que transmite prova que se encontra perdido. Falta-lhe mérito e competência. Por isso, fala como se todos fossem mentecaptos e parte para a ofensa a pessoas de reputada idoneidade social. Dirão alguns, sempre foi assim, desmobilizar e instituir o medo, mas está na hora de travar a loucura antes que a loucura tome conta de todos.
Ilustração: Google Imagens. Nota: Artigo de opinião, da minha autoria, publicado na edição de hoje do DN-Madeira.
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