É tempo de um BASTA, um CHEGA de tanto atropelo, de tanta mentira e de tanta deturpação da realidade. Mas é tempo também, de uma vez por todas, do Partido Socialista apresentar-se com uma postura que cative o voto de todos os que estão cansados e desesperados desta governação que, hoje, não é mais do que uma "nau sem rumo". Isso é possível com pensamento político, serenidade e confiança, três palavras essenciais que poderão despoletar o entusiasmo da população da Madeira e do Porto-Santo. É possível com uma equipa de pessoas que possam dar corpo às políticas que serão anunciadas.
Se o Senhor Presidente da República decidir marcar para 09 de Outubro as eleições legislativas regionais, a partir de amanhã faltarão 100 dias relativamente ao dia de reflexão. Três meses e uma semana, por aí.
Adivinho uma campanha duríssima, porque o poder instalado há 35 anos, apesar do significativo desespero social que por aí anda, vai querer segurá-lo ao jeito de uma lapa agarrada a uma pedra. Uma lapa descomunal, velha, cheia de algas em volta, que de tão velha é rija e sem sabor. Está ali agarrada, quase inamovível e confundida com a pedra. É essa lapa que este "(...) povo humilde, estóico e valente" terá de removê-la, tal como o fez enquanto "(...) herói do trabalho na montanha agreste". O nosso hino, com letra do meu saudoso e Amigo socialista Ornelas Teixeira, aqui se aplica, neste contexto político de acentuado e generalizado desconforto. Porque é tempo de um BASTA um CHEGA de tanto atropelo, de tanta mentira e de tanta deturpação da realidade. Mas é tempo também, de uma vez por todas, do Partido Socialista apresentar-se com uma postura que cative o voto de todos os que estão cansados e desesperados desta governação regional que, hoje, não é mais do que uma "nau sem rumo". Isso é possível com pensamento político, serenidade e confiança, três palavras essenciais que poderão despoletar o entusiasmo da população da Madeira e do Porto-Santo. É possível com uma equipa de pessoas que possam dar corpo às políticas que serão anunciadas. Essa é a via determinante. Não é a única, certamente, mas a fundamental. O êxito de um programa político depende, sobretudo, das pessoas que lhe dão corpo. Não basta a referência principal, neste caso, o Dr. Maximiano Martins, figura de indiscutível valor nos planos político e do conhecimento construído ao longo da sua notável vida profissional. Não é suficiente, na lógica de que uma "andorinha não faz Primavera". Necessário se torna, ao lado das políticas, um corpo de políticos, capazes de mudar o rumo, gerando a confiança entre a população. O momento que a Madeira atravesa é muito grave, muito delicado, aliás, como tenho vindo aqui a desenvolver em vários textos. Não gosto da palavra bancarrota, mas a Madeira está nesse caminho. E a inversão desse caminho implica uma geração de novas políticas que velhos políticos acomodados já não conseguem desenvolver.
Por tudo isto, estou certo que esta campanha, repito, será duríssima. Da parte do principal partido da oposição (PS-M) espero uma campanha sem qualquer agressividade, mas sobretudo esclarecedora. Que o Dr. Jardim venha para o espaço do debate dos projectos políticos, que não se refugie, que não se esconda, que não fale apenas de longe, mas frente-a-frente aos olhos de todos. Se fugir, desde logo será um perdedor, um político com medo, um homem que não sabe interpretar as regras da democracia, um homem fraco, um político que apenas quer o poder pelo poder. Daí que, espero, que ao longo do mês de Julho, possamos seguir debates para que o povo tome consciência da realidade política, económica, financeira, social e cultural. Nestes três meses, pergunto, se terão algum interesse seguir os deputados da Madeira relativamente ao que se passa na Assembleia Legislativa da Madeira ou na Assembleia da República? Debates dessa natureza não suplantam, parece-me óbvio, o interesse de ouvir os candidatos sobre a realidade da Região e a confrontação das suas propostas para os próximos quatro anos.
Mas será que, uma vez mais, o Dr. Jardim fugirá com o "rabo à seringa" como vulgarmente se diz? Estou convencido que sim. Bom, mas há remédio, deixem a cadeira livre!
Ilustração: Google Imagens.
1 comentário:
Com esse candidato, caro André? Não sei não...
Abraço
Fernando Letra
Enviar um comentário