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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA


Parece-me óbvio que não conseguirá, porque nunca soube suportar os espinhos para colher as rosas, porque sempre afogou o poder local para que a “obra” fosse sua, porque utilizou sempre a chantagem, o medo e o conflito externo como arma de sobrevivência e de aparente opulência, de resto, aspectos que hoje não colhem. Pela “reflexão” que o acompanha, julgo que, como tantos que amam o poder, sairá pela porta dos fundos, pelo que, preparem-se, as eleições antecipadas já estão no horizonte temporal. 

Há dezassete anos, no auge do Verão, o Dr. Jardim disparou, do Porto Santo para cá, um obus sobre o seu “amigo” Prof. Virgílio Pereira, quando este reclamou apoio para saldar as dívidas da Câmara do Funchal: "bom é aquele que governa bem e faz obras mesmo sem dinheiro”. Hoje, o “único importante” tem nas suas mãos a possibilidade de concretizar as palavras ontem ditas. O Professor, com a experiência que a vida lhe concedeu, tomou em conta a voz secular do povo que sentencia que “quem cospe para o ar cai-lhe na cara” e decidiu demitir-se. Tal como dita o provérbio, a quem lhe quis mal, sentou-se à porta e esperou que o funeral passasse. E ele, funeral político, aí está. Das duas, uma: ou Jardim prova que é bom, pagando a monstruosa dívida pública de oito mil milhões de euros, ao mesmo tempo que reduz o desemprego para níveis residuais e a pobreza para os tais 4% de que fala o secretário dos Assuntos Sociais, ou, então, terá de sair de cena. Ele e todos quantos conduziram a Região à falência económica, financeira, social e cultural.
Parece-me óbvio que não conseguirá, porque nunca soube suportar os espinhos para colher as rosas, porque sempre afogou o poder local para que a “obra” fosse sua, porque utilizou sempre a chantagem, o medo e o conflito externo como arma de sobrevivência e de aparente opulência, de resto, aspectos que hoje não colhem. Pela “reflexão” que o acompanha, julgo que, como tantos que amam o poder, sairá pela porta dos fundos, pelo que, preparem-se, as eleições antecipadas já estão no horizonte temporal. Parafraseando Gandhi… a arte da política consiste em fazer da vida uma “obra” de arte! Obviamente que não soube.
Ilustração: Google Imagens.
NOTA:
Artigo de opinião, da minha autoria, publicado na edição de hoje do DN-Madeira.

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