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domingo, 5 de fevereiro de 2012

SE NÃO VAI A BEM, VAI A MAL!


Nesta perspectiva, com o ministro da Economia, sempre apressado, mas vazio de ideias para o País, a par de um ministro das Finanças que só vê um dos lados do problema, isto é, a forma mais rápida para aumentar as receitas, Passos, submisso à Chanceler Merkel, de quem ouviu um arregaço de beiças antes das eleições legislativas, diariamente, denuncia uma cegueira que o impede de ver o país real, as pessoas, a aflição das famílias, o contínuo empobrecimento, como se alguém acreditasse que se torna necessário este inferno para almejar o paraíso. O sentimento que tenho é que este governo está a desgraçar Portugal, que nunca esteve consistente, é verdade, mas que caminha para uma situação de difícil retorno.


Riam-se, riam-se...
"Se não vai a bem, vai a mal", esta posição do governo Passos Coelho parece ser transversal a todos os dossiês da governação. Pelo que ando a constatar, no cruzamento da informação disponibilizada, é que ele caminha a "passos" certos para o seu suicídio político. O que está por detrás da sua teimosia e cegueira é uma questão de base ideológica. A direita mais à direita política é assim, cuida e protege os grandes senhores, porque os pobres podem esperar. Portanto, toca a nivelar por baixo, porque "Pobres já somos, mas alguns ainda não perceberam", sublinhaou o primeiro ministro. Nesta perspectiva, com um ministro da Economia, sempre apressado, mas vazio de ideias para o País, a par de um ministro das Finanças que só vê um dos lados do problema, isto é, a forma mais rápida para aumentar as receitas, Passos, submisso à Chanceler Merkel, de quem ouviu um arregaço de beiças antes das eleições legislativas, diariamente, denuncia uma cegueira que o impede de ver o país real, as pessoas, a aflição das famílias, o contínuo empobrecimento, como se alguém acreditasse que se torna necessário este inferno para almejar o paraíso. O sentimento que tenho é que este governo está a desgraçar Portugal, que nunca esteve consistente, é verdade, mas que caminha para uma situação de difícil retorno.
Esta tresloucada austeridade não leva a sítio nenhum. São os analistas que o dizem, desde políticos a comentadores, personalidades que olham para esta situação de descalabro social e começam a posicionar-se com uma cáustica frontalidade crítica aos dois partidos da coligação (PSD/CDS). Andam para aí entretidos com os feriados e até com a tolerância de ponto no Carnaval, remetendo, em sede de concertação social, para os trabalhadores, as responsabilidades de um país que não anda, mas não os vejo com rasgos de política económica e financeira que faça descolar o país, alimentando o sonho da saída da crise. 
Não me admira que estejamos muito próximos de assistirmos a uma lamentável convulsão social. Parece-me evidente a existência de estranho silêncio de um povo encostado às cordas. Sinto que o nível de insatisfação está em crescendo, desde o povo até aos militares dos três ramos das forças armadas, passando pelas polícias. Assisto a uma significativa tensão entre os juizes, inclusive, no Conselho Superior de Magistratura, entre os vários bastonários das ordens e o governo e, perante este quadro, a ordem é seguir em frente porque "se não vai a bem, vai a mal". Talvez se engane. Não gostaria de ver o meu País, às voltas com a crise gerada fora dele, mergulhado agora numa crise política interna. As convulsões sociais são sempre graves e julgo que o governo está a tempo de corrigir esta louca corrida para o abismo, onde o primeiro ministro já não dá "passos", antes corre deliberadamente.  
Ilustração: Google Imagens.

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