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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O PATÉTICO ARTIGO DE AJJ


Poderia aqui divagar sobre as "tropas de assalto" da Autonomia, aquelas tropas partidárias que, paulatinamente, controlaram toda a sociedade, reduzindo-a à condição de súbditos sem voz, e poderia divagar sobre a conquista do poder pelos grupos pós-Autonomia, aqueles que dominam a economia e que foram protegidos e bafejados pela sua subserviência e hossanas ao "chefe". Mas essa é uma história que, de uma maneira ou de outra, já foi contada milhares de vezes, os mais bem informados dominam-a e, portanto, pouco interesse tem a ela regressar. O que me parece grave é o estado doentio das posições assumidas pelo "chefe" e toda a bajulação e condescendência dos restantes elementos do seu governo, incapazes de corrigirem a excessiva curvatura das suas colunas.


Madeira: a construção de um castelo na areia!
É patético o artigo de opinião do dr. Alberto João Jardim, publicado na edição de hoje do JM. O seu ódio de estimação ao DN e à família Blandy denuncia, uma vez mais, quão este homem convive mal com a comunicação social que não se ajoelha aos seus pés e quão o enfurece todas as análises de jornalistas, articulistas e observadores com posições distintas daquelas que a sua governação considera como certas. Ao invés de aproveitar as sugestões e os dados que as diversas histórias sugerem, não, o homem descarrega, contra-ataca, despeja sentimentos abstrusos, cola-as a movimentos sanguinários e escreve isto com um desplante e uma fúria absolutamente inauditas. Sempre foi assim, dirão alguns. Pois, só que, hoje, essa veia transporta cada vez mais o veneno da atitude ditatorial. Ter uma opinião livre ou menos condicionada é sinónima de estar contra ele. Este excerto do seu texto parece-me claro: "Wagnerianamente imbuídos da “missão” de destruir o PSD e a mim, qual divagação nibelunga, Blandy e as suas “tropas de assalto SS” todos os dias produzem papel com ânsias de tudo destruir, tudo denegrir, particularmente agora que o País e a Região Autónoma vivem momentos mais difíceis. É exactamente a prática de todas as forças totalitárias que, quando pressentem as dificuldades nas áreas que ilegitimamente detestam, procuram tudo arrasar, para conquistar facilmente. Ou reconquistar. Porque ainda há quem sonhe o regresso do poder dos grupos pré-autonomia".
A propósito, poderia aqui divagar sobre as "tropas de assalto" da Autonomia, aquelas suas tropas partidárias que, paulatinamente, controlaram toda a sociedade, reduzindo-a à condição de súbditos sem voz, e poderia divagar sobre a conquista do poder pelos grupos pós-Autonomia, aqueles que dominam a economia regional e que foram protegidos e bafejados pela sua subserviência e hossanas ao "chefe". Mas essa é uma história que, de uma maneira ou de outra, já foi contada milhares de vezes, os mais bem informados dominam-a e, portanto, pouco interesse tem a ela regressar. O que me parece grave é o estado doentio das posições assumidas pelo "chefe" e toda a bajulação e condescendência dos restantes elementos do seu governo, incapazes de corrigirem a excessiva curvatura das suas colunas. Desses e de todos os que têm inteligência suficiente para perceberem que este navio tem rombos preocupantes e que, minuto a minuto, se afunda com o seu comandante em aparente euforia, embora as sirenes há muito sejam audíveis. Isso é que me parece grave, porque tudo o resto é conhecido. É estranho esse silêncio? Nem tanto. Porque, por um lado, ainda subsistem muitos interesses particulares e, por outro, há as ditas almofadas sociais que, por enquanto, vão tapando a desgraça social, a enorme dívida social, sublinho, muito maior que a dívida pública. São, neste caso, as dezenas de instituições de solidariedade social que esbatem a fome, são os subsídios da Segurança Social Nacional, é a agricultura de subsistência, é a emigração forçada e é a economia paralela. Junta-se a tudo isto o sentimento que há que carregar a cruz, a coluna de um povo vergado ao jeito do baile pesado, enfim, há uma doçura social, melhor, um apagão na consciência coletiva que possibilita que aquele homem continue a ditar disparates. E como se isto não bastasse, talvez para amenizar as relações, ainda há dias, no TJ da RTP-Madeira, destacaram e sublinharam várias passagens de um artigo do decadente "chefe". Significativo do colete de forças que enfiaram nos madeirenses e portosantenses.
Ilustração: Google Imagens.

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