Nada funciona com dignidade. O parlamento é a nódoa de uma Autonomia ajoelhada; o governo, existindo, não existe; o orçamento regional é uma grosseira mentira; no Estatuto da Região não se mexe porque pode colidir com interesses; a economia um desastre há muito anunciado; os empresários em um desesperado atoleiro; os desempregados e condenados à pobreza emigram; todos os sistemas estão em falência conceptual e financeira; as famílias entregam a casa ao banco e quase vendem os dedos, porque os anéis já foram; o Tribunal de Contas detecta sucessivas ilegalidades; o Bispo apara o jogo e permite a propaganda no interior dos templos; o Representante não representa coisa nenhuma, enfim, questionará o leitor, perante as evidências e o discurso da principal personagem deste filme de terror, se alguém pode levar a sério o que recentemente disse: "não se pode exigir mais das pessoas". Mas, afinal, de quem foi a culpa pelos desequilíbrios orçamentais que conduziram a Madeira à situação de falência? (...)
NOTA
Artigo de opinião, da minha autoria, publicado na edição de hoje do DN-Madeira
Ilustração: Google Imagens.
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