Segui o debate entre os cinco candidatos do PSD-M à liderança do partido. Um debate que me impressionou pela negativa. No essencial porque entre os cinco, uns são governantes, outros por lá passaram e outros desempenharam ou desempenham funções de relevo político na Região. Aquilo não passou, na expressão várias vezes utilizada, de "passes de mágica" e de "passos de caracol". Sinceramente, não percebi naquele pseudo-debate quem era o representante do PSD. Mais me pareceu uma entrevista a cinco políticos da oposição, uma vez que as questões colocadas são velhas, com barbas mais compridas que as do "Pai Natal". Um candidato, valha-nos isso, fugindo-lhe a língua para a verdade, foi sincero, quando disse "aqui não há virgens". De facto, não o são, face ao tempo que levam nas cadeiras do poder e às engrenagens políticas que conduziram a Madeira à falência.
É espantoso quando ainda governantes vêm ditar rumos que eles próprios, nas últimas legislaturas não conseguiram implementar, numa espécie de "bem prega frei..." qualquer coisa, o que me leva a dizer da pouca ou nula seriedade daquilo que consideram soluções para a gravosa situação da Região. Por exemplo, um desses governantes teve a oportunidade de explicar, na Assembleia, a megalomania das obras e das dívidas, através de 400 perguntas colocadas por um deputado. Delas fugiu a sete pés! Enfim, a RTP-Madeira encheu um chouriço de questões e de respostas, que só quem tem memória curta não se lembra que todas elas fizeram e fazem parte de tantos programas partidários apresentados ao longo de várias legislaturas, onde constam os diagnósticos sectoriais e as propostas para resolverem os dramas económicos, financeiros, sociais e culturais dos madeirenses e portosantenses. Pelo contrário, ali foi passada uma esponja sobre um quadro negro de "chumbos" em sede de Assembleia Legislativa, de planos e de orçamentos falsos, de ofensas cretinas, de perseguições, de controlos associativos e de uma sociedade onde impera o medo e o conluio. Nem uma palavra sobre a triste figura do "chefe" ideológico, nem entre dentes, como se ele não existisse ou se ele desempenhasse, apenas, a figura de "padrinho" da "máfia boazinha".
Os cinco, uns mais do que outros, é certo, foram a causa do problema, mas ali apareceram com uma distinta lata política, sem vergonha, como se nada tivesse acontecido, nada tivesse a sua participação, com uma total e absoluta virgindade que nega o seu passado de compromissos e de cumplicidades. Repito, pareciam todos da oposição e, do hipotético confronto, não me apercebi quem era o representante do PSD!
Já mais para o final, lembrei-me da velha história, contada com humor, de um sujeito e cinco "meninas" apanhadas por uma rusga e, naturalmente, levadas à esquadra. Na identificação, uma disse que era cabeleireira, outra, manicure, etc. etc., até que o sujeito, irritado, quando chegou a sua vez, terá questionado: será que aqui a prostituta sou eu?
Meus senhores, com o devido respeito por cada um, enquanto pessoas, saibam que, politicamente, não se apagam passados "nem com passes de mágica (...) nem com passos de caracol", nem com a metáfora de que ali "não existem virgens". Há culpados.
Ilustração: Google Imagens.
É espantoso quando ainda governantes vêm ditar rumos que eles próprios, nas últimas legislaturas não conseguiram implementar, numa espécie de "bem prega frei..." qualquer coisa, o que me leva a dizer da pouca ou nula seriedade daquilo que consideram soluções para a gravosa situação da Região. Por exemplo, um desses governantes teve a oportunidade de explicar, na Assembleia, a megalomania das obras e das dívidas, através de 400 perguntas colocadas por um deputado. Delas fugiu a sete pés! Enfim, a RTP-Madeira encheu um chouriço de questões e de respostas, que só quem tem memória curta não se lembra que todas elas fizeram e fazem parte de tantos programas partidários apresentados ao longo de várias legislaturas, onde constam os diagnósticos sectoriais e as propostas para resolverem os dramas económicos, financeiros, sociais e culturais dos madeirenses e portosantenses. Pelo contrário, ali foi passada uma esponja sobre um quadro negro de "chumbos" em sede de Assembleia Legislativa, de planos e de orçamentos falsos, de ofensas cretinas, de perseguições, de controlos associativos e de uma sociedade onde impera o medo e o conluio. Nem uma palavra sobre a triste figura do "chefe" ideológico, nem entre dentes, como se ele não existisse ou se ele desempenhasse, apenas, a figura de "padrinho" da "máfia boazinha".
Os cinco, uns mais do que outros, é certo, foram a causa do problema, mas ali apareceram com uma distinta lata política, sem vergonha, como se nada tivesse acontecido, nada tivesse a sua participação, com uma total e absoluta virgindade que nega o seu passado de compromissos e de cumplicidades. Repito, pareciam todos da oposição e, do hipotético confronto, não me apercebi quem era o representante do PSD!
Já mais para o final, lembrei-me da velha história, contada com humor, de um sujeito e cinco "meninas" apanhadas por uma rusga e, naturalmente, levadas à esquadra. Na identificação, uma disse que era cabeleireira, outra, manicure, etc. etc., até que o sujeito, irritado, quando chegou a sua vez, terá questionado: será que aqui a prostituta sou eu?
Meus senhores, com o devido respeito por cada um, enquanto pessoas, saibam que, politicamente, não se apagam passados "nem com passes de mágica (...) nem com passos de caracol", nem com a metáfora de que ali "não existem virgens". Há culpados.
Ilustração: Google Imagens.
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