São por estas e muitas outras que o jardinismo tem de acabar. A festa promocional do produto, neste caso do pêro, é aceitável. Já montar um palco para botar discurso político à saída da Missa, para falar de água de rega, valor dos investimentos, número de regantes, taxas de população abrangida e assegurar que o Governo Regional continua “empenhadíssimo em melhorar as condições” do sector, parece-me óbvio que se trata de um discurso político oportunista. Festarola política que não dispensa uma voltinha pelas barraquinhas montadas, para cumprimentos e com diálogos de "esperança" numa melhor agricultura. Sempre foi assim, dir-se-á, mas por que raio tem de assim ser, questiono?
Pessoalmente, repudio estas situações. Por um lado, porque se trata de propaganda político-partidária à custa do erário público (um JM 2); por outro, porque sabe-se das grandes limitações e problemas graves dos agricultores e, tratando-se de uma acção política, naquele momento, não existe contraditório. É apenas a "voz do dono" que fala.
Penso assim agora, sempre o defendi e não aceitarei que quem vier a liderar a Madeira continue a aproveitar-se de situações como aquela vivida ontem na Ponta do Pargo (Madeira).
Assim se comporta o secretário do Ambiente e dos Recursos Naturais. Neste momento senta-se em três cadeiras distintas: na cadeira do governo determina e prepara a festa; logo a seguir senta-se em uma outra cadeira e fala ao povo; desce do palco e senta-se na cadeira de candidato a líder do PSD, aplaude e faz campanha. É a mais descarada politiquice que percorre a Região sempre que há oportunidade de festa. Qualquer pessoa, minimamente sensata e de respeito não alinharia em situações daquela natureza. A democracia e a liberdade têm regras, bem como maioria absoluta não significa poder absoluto.
Ilustração: Google Imagens.
Sem comentários:
Enviar um comentário