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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

CONFUNDIR O EXERCÍCIO DA POLÍTICA COM UM EMPREGO



FACTO

Foi público que o Presidente do Governo Regional da Madeira fará, por estes dias, alterações na composição do governo, na sequência das eleições autárquicas. Inclusive, o secretário das Finanças já terá colocado a sua pasta à disposição do chefe do governo. Embora, na Região, não seja normal a substituição dos membros do governo durante a Legislatura (esta Legislatura tem sido excepção), trata-se de uma inquestionável legitimidade, quer no que concerne à situação de um pedido de saída do elenco governativo, como no caso do presidente prescindir das funções. Entretanto, dois secretários, o da Agricultura e Pescas e a da Inclusão e Assuntos Sociais, questionados por jornalistas, disseram que estão muito satisfeitos com o trabalho que estão a realizar e muito motivados para continuarem a cumprir o "programa de governo".

COMENTÁRIO

Li as suas posições e fiquei perplexo. Não se remeteram ao silêncio, não disseram que essa tarefa é da exclusiva responsabilidade do presidente do governo, isto é, a de convidar ou a de dispensar quando, politicamente, entende necessário. Pelo contrário, fiquei com o sentimento de desejarem marcar uma posição, ao jeito de, as substituições não passam por nós, estamos de pedra e cal, que ele olhe para outros porque temos cumprido e estamos satisfeitos com o nosso "trabalhinho". Concomitantemente, sabendo que as alterações, tarde ou cedo, seriam inevitáveis, demonstraram ausência de solidariedade intra-grupo, como quem diz, porque não o da Educação, o da Saúde o dos Assuntos Parlamentares ou da Economia?

PERGUNTA

Deixo uma pergunta: os políticos em causa não têm noção que o exercício da política não é um emprego, antes constitui um serviço à comunidade?

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