A política, a sério, com honestidade e sabedoria, não pode ficar nas mãos de pessoas impreparadas. O mundo que estamos a viver, mesmo à nossa escala, é consequência de outras escalas, portanto, de decisões já tomadas que dificilmente as deciframos em tempo real. Ter capacidade prospectiva e de cruzamento dos dados, quase não chega face à velocidade dos acontecimentos que a todo o momento surpreendem. Ora, quando os mais bem preparados falham, imagine-se, no meio da turbulência, como reagirão os impreparados.
Trocando por miúdos, há dias, confortavelmente sentado frente ao televisor, assisti a uma partida de futebol. A páginas tantas o árbitro decidiu-se por uma grande penalidade, da qual resultou golo. Depois, circunstancialmente, ouvi comentários díspares e sobretudo acusadores da decisão tomada pelo árbitro. Resulta desta fugaz história: se, efectivamente, a falta foi para castigo máximo, não sei, não discuto e nem me interessa. Sei que o árbitro assim considerou. Porém, de uma coisa estou certo, é que daquela decisão não redundou nem redundará nada para a população, mesmo para o mais fervoroso adepto de uma das equipas. Podem discutir com amor clubístico, mas, na semana seguinte, de forma acertada ou não, novos castigos máximos serão marcados, novos amarelos e vermelhos serão apresentados e novas discussões pontuais serão feitas. No exercício da política, NÃO, uma má decisão ou incorrectas estratégias, em qualquer sector, área ou domínio da governação, podem provocar consequências desastrosas junto de uma população inteira e durante gerações. Daí que o exercício da política não deva estar à responsabilidade, repito, de pessoas impreparadas. Embora ajude, não me refiro a contextos de formação académica. Há tantos com excelentes graus académicos e que demonstram incapacidade para actos de governação, como existem tantos outros que, por circunstâncias várias, não tendo concretizado o tal percurso académico, pela via do estudo pessoal, da sensibilidade, do bom senso, da experiência vivida e sentida, são ases na arte de bem governar. Tivessem oportunidade para tal.
Trocando por miúdos, há dias, confortavelmente sentado frente ao televisor, assisti a uma partida de futebol. A páginas tantas o árbitro decidiu-se por uma grande penalidade, da qual resultou golo. Depois, circunstancialmente, ouvi comentários díspares e sobretudo acusadores da decisão tomada pelo árbitro. Resulta desta fugaz história: se, efectivamente, a falta foi para castigo máximo, não sei, não discuto e nem me interessa. Sei que o árbitro assim considerou. Porém, de uma coisa estou certo, é que daquela decisão não redundou nem redundará nada para a população, mesmo para o mais fervoroso adepto de uma das equipas. Podem discutir com amor clubístico, mas, na semana seguinte, de forma acertada ou não, novos castigos máximos serão marcados, novos amarelos e vermelhos serão apresentados e novas discussões pontuais serão feitas. No exercício da política, NÃO, uma má decisão ou incorrectas estratégias, em qualquer sector, área ou domínio da governação, podem provocar consequências desastrosas junto de uma população inteira e durante gerações. Daí que o exercício da política não deva estar à responsabilidade, repito, de pessoas impreparadas. Embora ajude, não me refiro a contextos de formação académica. Há tantos com excelentes graus académicos e que demonstram incapacidade para actos de governação, como existem tantos outros que, por circunstâncias várias, não tendo concretizado o tal percurso académico, pela via do estudo pessoal, da sensibilidade, do bom senso, da experiência vivida e sentida, são ases na arte de bem governar. Tivessem oportunidade para tal.
O problema não é esse, mas sim o da mediocridade que assalta o poder. É isto que está a se tornar comum perante a insensibilidade de muitos que, encolhendo os ombros, não tentam travar a onda desmiolada feita de palavras ocas, de "frases assassinas" mas pobres na sua contextualização, onde sobressai uma pura ambição pessoal ou de grupo. Atravessamos um período de sintomática perda de referências, de gente culta, capaz de fazer excelentes sínteses dos vários sistemas e de definir um caminho possível face às circunstâncias. Nota-se a ausência de pessoas que tragam o conhecimento através do estudo e das experiências vividas. Este deixa andar, esta demissão que isola e tenta matar a competência, parece-me óbvio, empobrece a democracia, conduz a que muitos desconfiem e, sobretudo, sendo uma questão de tempo, acaba por resultar em uma espiral de falência das expectativas. Basta um olhar atento sobre as causas de aqui termos chegado.
O exercício da política está, portanto, a passar por uma sofreguidão de poder a qualquer preço, onde se renegam princípios e valores, antes é sensível a preferência pela venda da consciência e da verticalidade ao primeiro que convida e paga. Um quadro de clara prostituição da política. As artimanhas, a proliferação de testas onde se bate e faz eco, os grandes interesses disseminados pelo Mundo inteiro, as ideologias que se perdem nas marés do lucro imediato, os fóruns e salões de gente vestindo smoking mas descalços de humanismo, que negoceiam e aldrabam nas costas do povo, alastram-se por aí abaixo até à mais pequena região ou localidade. É a fome de poder, não para transformar no sentido do cumprimento dos direitos do Homem, mas para servirem-se das circunstâncias. O enfeitado discurso do cacique acaba por ser apenas um meio com uma máscara, porque a sua verdade é outra bem distinta. Nesta onda de oportunistas, de rostos sem rosto, os que manipulam, engendram, falam de cima da carroça e conquistam, até, pessoas de bem, perdem-se oportunidades de transformação de uma sociedade com múltiplos défices, relativamente a uma outra de esperança e felicidade. É por isso que renego gente impreparada para exercer o poder, os que nunca apresentaram pensamento sobre seja o que for, todos aqueles que fazem do exercício da política um emprego e nunca um serviço de qualidade ao povo que dizem servir. Chega!
Ilustração: Google Imagens.
O exercício da política está, portanto, a passar por uma sofreguidão de poder a qualquer preço, onde se renegam princípios e valores, antes é sensível a preferência pela venda da consciência e da verticalidade ao primeiro que convida e paga. Um quadro de clara prostituição da política. As artimanhas, a proliferação de testas onde se bate e faz eco, os grandes interesses disseminados pelo Mundo inteiro, as ideologias que se perdem nas marés do lucro imediato, os fóruns e salões de gente vestindo smoking mas descalços de humanismo, que negoceiam e aldrabam nas costas do povo, alastram-se por aí abaixo até à mais pequena região ou localidade. É a fome de poder, não para transformar no sentido do cumprimento dos direitos do Homem, mas para servirem-se das circunstâncias. O enfeitado discurso do cacique acaba por ser apenas um meio com uma máscara, porque a sua verdade é outra bem distinta. Nesta onda de oportunistas, de rostos sem rosto, os que manipulam, engendram, falam de cima da carroça e conquistam, até, pessoas de bem, perdem-se oportunidades de transformação de uma sociedade com múltiplos défices, relativamente a uma outra de esperança e felicidade. É por isso que renego gente impreparada para exercer o poder, os que nunca apresentaram pensamento sobre seja o que for, todos aqueles que fazem do exercício da política um emprego e nunca um serviço de qualidade ao povo que dizem servir. Chega!
Ilustração: Google Imagens.
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