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terça-feira, 31 de outubro de 2017

36,3% DOS MADEIRENSES ACREDITAM NO DR. CARLOS PEREIRA. ALGUNS MILITANTES DO PS-M, NÃO! QUE ESTRANHO...


Prometi que não voltaria a este assunto, porém, confesso, é-me impossível. Não suporto a ingratidão pelo trabalho realizado seja lá por quem for e fico triste quando sinto o exercício nobre da política resvalar para o campo dos interesses pessoais e de grupos escondidos. Ontem, pedi um gesto de nobreza exemplar ao militante socialista Emanuel Câmara. Não fui bem sucedido, infelizmente. Era previsível. Hoje, nas páginas do DN-Madeira, uma sondagem entre os madeirenses e porto-santenses, dá o Dr. Carlos Pereira (36,3%) como a personalidade política mais bem colocada para manter o rumo do PS-M e, consequentemente, ser o candidato a presidente do governo nas eleições legislativas de 2019. O militante Emanuel Câmara recolhe, apenas, 12,3% das preferências. Significativo. Tive razão no que escrevi e tinham razão todos os que assinaram um documento de apelo à serenidade e ao bom senso nas hostes socialistas.


Quando treze figuras do PS subscreveram o tal documento, (A Unidade Indispensável) não sabiam da sondagem que colocava o PS-M a 2,7% do PSD, nem tinham conhecimento da sondagem mais específica hoje publicada, também no DN. Apenas guiaram-se pela factualidade, pela responsabilidade, pela análise às desmobilizadoras tricas do passado, pela conjugação de um esforço que não significa unicidade de pensamento, seguiram a trajectória dos resultados e o excelente desempenho político do Dr. Carlos Pereira. Tiveram razão antes do tempo. O estudo de opinião de hoje, rompe, definitivamente, com situações que, tal como ontem escrevi, apenas são geradoras de ruído e de desconfiança no eleitorado. Continuo a defender, hoje mais do que ontem, que só deveria restar ao militante Emanuel Câmara um gesto de humildade e de grandeza, uns momentos de reflexão susceptíveis de definirem que o partido deve estar acima de qualquer ambição pessoal ou de grupinho. Não lhe ficará mal, pelo contrário, a sua saída de cena, fará acalmar qualquer movimentação negativa, qualquer ruptura ou desconfiança no eleitorado, ao mesmo tempo que o engrandecerá face ao contexto, repito, face ao contexto político da Região. 
Não escrevo estas palavras apenas por amizade ao Carlos Pereira. Se assim não fosse preferia estar caladinho. Escrevo e insisto por dois motivos essenciais: primeiro, porque, politicamente, é brilhante. Domina os dossiês da governação como ninguém, estuda-os, não fala de cor, não é homem de generalidades, é eloquente e rápido na argumentação e é sincero no discurso; segundo, porque, com reduzidos meios financeiros, se trouxe o partido dos trágicos 11% para os 34% não é sensato, de  todo, que o queiram ver pelas costas, porque há, certamente, interesses que estão a falar mais alto. Olho para a presente situação e sinto revolta quando leio no DN-Madeira que a população da Região lhe atribui o mérito que aqui refiro, mas dentro do partido as contas são de outro rosário! Chega a ser patético. Questiono-me: o que se esconde por detrás de tudo isto? Não sei, ou talvez saiba, mas esta não é altura para conversas que não conduzem a nada. Aliás, detesto ambientes poluídos. Gosto da frontalidade, aprecio quem sabe e, sobretudo, prezo a decência da Amizade partidária ou não. Detesto grupinhos, contagem de espingardas e pagamento de quotas aos militantes para votarem em quem a alguns interessa. Essa política rasteira deveria ser totalmente eliminada.
Finalmente, prefiro continuar a pensar que o bom senso prevalecerá. O militante Emanuel  Câmara aceitará uma candidatura quando é o terceiro preferido dos madeirenses com escassos 12,3%? Esta sondagem, dirijo-me a si, Caro Emanuel Câmara, desde logo, retira-lhe qualquer veleidade no espaço regional, pior, ainda, penaliza-o naquela história que enquadra a abertura de portas a um outro putativo candidato à presidência do governo regional. Aceita, repito hoje, ser "barriga de aluguer"? Pelo seu passado de luta no Porto Moniz, cuja saudável teimosia é comummente reconhecida, certamente, que não desejará assistir à desagregação do PS. Por sua culpa e de todos aqueles que o empurraram para esta aventura.

NOTA FINAL

De muito mau gosto a presença do independente Dr. Paulo Cafôfo, presidente da Câmara Municipal do Funchal, na apresentação da candidatura do militante Emanuel Câmara. Sobretudo quando Emanuel Câmara o indica como candidato a presidente do governo em 2019. Há compromissos a cumprir nas autarquias vencedoras, pelo que, a inexistência de resguardo e total distanciamento, acaba por ter um significado político que lamento, profundamente. Os eleitores merecem RESPEITO. Ao ponto a que a ambição política chegou! 

Ilustração: Google Imagens + DN-Madeira

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