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domingo, 9 de setembro de 2018

ASSUNTOS SOCIAIS, OS "MEIOS FELIZMENTE SÃO MUITOS"...



FACTO

"Rita Andrade esteve ontem na festa de encerramento das actividades de Verão, intitulada ‘Festa do Chá Gelado’. A secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais congratulou-se pelo facto de o Governo Regional estar a fazer uma “forte aposta na área social”. “Hoje em dia as necessidades são cada vez maiores, uma vez que as pessoas também vivem cada vez mais e isso é bom. O maior desafio é nosso de poder proporcionar uma maior qualidade de vida às pessoas através de todos os meios que existem na nossa Região, que são muitos, felizmente (...)" - Fonte: DN-Madeira.

BREVE COMENTÁRIO
E PERGUNTA

Tenho dificuldade em aceitar políticas do faz-de-conta. Percepção minha, comprovada através de estatísticas, o quadro social, depois de todos estes anos, é grave, muito grave, e não é com palavras de circunstância e périplos por toda a Região, que se resolve. As palavras não decretam, as imagens e os sorrisos não satisfazem necessidades, antes os actos assertivos, planeados e estruturados na cadência do tempo podem resolver. E é isso que, no plano político, não existe nem se vislumbra. Aquilo que é sensível é uma actuação mediática, nas margens dos problemas, em um toca e foge naquilo que deveria ser o pensamento portador de futuro. Não basta, assim, oferecer uma ideia de muita actividade, saltitando de instituição em instituição. Importante é traçar um rumo, articulado com todos os outros sectores do governo, de forma articulada e transversal, para que possa existir uma mudança a prazo. Quando a secretária fala de "um forte compromisso", pergunta-se, qual? Ora, a questão social é muito mais profunda e importante que convívios "entre todos, promovendo o desenvolvimento e manutenção de capacidades e competências, estimulando ao nível físico, social e cognitivo com a participação na realização de todos os preparativos para a festa" (DN), pois isso, digo eu, constitui tarefa normal e obrigatória de um plano de actividades de uma qualquer instituição. Anormal seria que não acontecesse. Daí que, para uma responsável pela inclusão e assuntos sociais, a tarefa política tenha de ultrapassar, em muito, os encontros pontuais, desconjuntados, com finalidades claramente mediáticas, mas que não adiantam nem atrasam. E a pergunta é esta: Senhora secretária, considerando que o tempo de "estado de graça" político há muito terminou, quando é que deixa o rodopio e apresenta um plano integrado susceptível de fazer crer que o futuro poderá ser diferente? É que, julgo eu, ninguém sabe para onde caminha. E o "chá" está a ficar gelado!
Ilustração: Dnotícias.pt

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