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sábado, 22 de fevereiro de 2014

O PSD-MADEIRA NA CÂMARA DO FUNCHAL E O LONGO CAMINHO DE APRENDIZAGEM DE SER OPOSIÇÃO


O Dr. Domingos Abreu e o Dr. Bruno Pereira (PSD-M) não têm memória curta. Eles conhecem toda a marosca montada, sabem a miséria que por aí vai escondida ou disfarçada desde o centro da cidade até por entre becos, travessas e entradas. E sabem que a fome e muitas carências são esbatidas pelas escolas, paróquias e instituições de solidariedade social espalhadas por todos os cantos. Tem sido isso que tem evitado o colapso e a revolta. E sendo assim, não são sérias as posições assumidas. Certo seria fazerem o "mea culpa" pelo abandono da Câmara e do Governo e contribuírem com propostas que fortalecessem os projectos em curso. Por exemplo, estudando e questionando alguma burocracia no sentido da simplificação dos apoios, mas sem quaisquer distorções e aproveitamentos, de tal forma que os apoios cheguem, de verdade, aos mais necessitados. Pelo que li e pelas posições assumidas, esta oposição na Câmara do Funchal, por um lado, continua a demonstrar mau perder e, por outro, que tem um longo caminho para aprender a ser oposição.


Antes nada fizeram em determinados âmbitos da solidariedade social; hoje, na ausência de argumentos, combatem com aspectos absolutamente marginais. Melhor dizendo, não assumem a discordância, antes vão pelo caminho marginal. Só que, quem está atento, percebe, facilmente, o jogo político. Ora, a Coligação "Mudança", no Funchal, prometeu ajudar os mais carenciados no pagamento dos medicamentos. Trata-se de uma acção social extremamente meritória. Já que o PSD, na Assembleia, desde sempre boicotou todas as iniciativas que visaram ir ao encontro dos pensionistas pobres, a Câmara entendeu que deveria substituir-se a essa falta de solidariedade social. E fez bem. Obviamente que esse apoio, toda a gente percebe, se destina aos que pouco ou nada têm, aos que deixam em cima do balcão das farmácias as receitas por aviar, daí que tenha de existir rigor na definição de quem efectivamente precisa. Ora, o PSD na Câmara, porque lhe faltam os tais argumentos, fala em "excesso de burocracia" e em "ineficácia". O mesmo se passa com o programa destinado a resolver problemas domésticos na casa de pessoas mais necessitadas. Dizem que o "regulamento é tão complexo, a burocracia é tão elevada", que "vai ser difícil encontrar alguém que encaixe" para poder beneficiar desse apoio. Então, pergunto, por que não fizeram durante 38 anos de maioria absoluta na Câmara? A lata e o despudor político chega a um tal ponto que o líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal assumiu que esta vereação "está dessintonizada da realidade". Mas qual realidade? A realidade que o PSD-Madeira deixou? Uma colossal dívida de mais de 93 milhões de Euros, bolsas de pobreza, bairros sociais decadentes e centenas de munícipes a viverem nas margens? Isto, para não falar do desordenamento do território que atirou para as inseguras periferias uma grande parte daqueles para quem a vida foi madrasta. 
O Dr. Domingos Abreu e o Dr. Bruno Pereira (PSD-M) não têm memória curta. Eles conhecem toda a marosca montada, sabem a miséria que por aí vai escondida ou disfarçada desde o centro da cidade até por entre becos, travessas e entradas. E sabem que a fome e muitas carências são esbatidas pelas paróquias, escolas e instituições de solidariedade social espalhadas por todos os cantos. Tem sido isso que tem evitado o colapso e a revolta. E sendo assim, não são sérias as posições assumidas. Certo seria fazerem o "mea culpa" pelo abandono da Câmara e do Governo e contribuírem com propostas que fortalecessem os projectos em curso. Por exemplo, estudando e questionando alguma burocracia no sentido da simplificação dos apoios, mas sem quaisquer distorções e aproveitamentos, de tal forma que os apoios cheguem, de verdade, aos mais necessitados. Pelo que li e pelas posições assumidas, esta oposição na Câmara do Funchal, por um lado, continua a demonstrar mau perder e, por outro, que tem um longo caminho para aprender a ser oposição.

Ilustração: Google Imagens.

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