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sexta-feira, 17 de junho de 2011

DIGNIDADE


Podia lembrar pérolas como ‘bastardos para não dizer...’. Recordar centenas de pura má-criação e são aos montes. A forma como tantas vezes se dirigiu aos seus opositores, aos seus inimigos e até aos seus parceiros políticos. (...)


Acabo de ler um texto da Jornalista do DN-Madeira Sandra Cardoso, correspondente em Lisboa. Um texto que fala do Dr. Jardim, a que atribuiu o título: "Dignidade". Logo abaixo um comentário de um leitor: "Análise fria e cruel, mas... Verdadeira". A páginas tantas, a propósito das próximas eleições legislativas regionais, a autora sublinha:
"Cheguei a pensar que seria altruísmo. Candidatar-se para roer os ossos depois de comer a carne. Governar sem meios para variar. Mas o presidente do Governo tem sido igual a si mesmo, ignorando a crise, contornado aqui e além, nomeando mais uns funcionários quando a regra é outra.
E como se não bastasse ainda tem a distinta lata de escrever artigos no jornal que todos nós pagamos a criticar os gastos com órgãos de comunicação social públicos. A coerência nunca foi o seu forte. E tal como foi constrangedor ver Soares numa campanha que não era sua, (refere-se às presidenciais com Cavaco - sublinhado meu) o mesmo se passa com Jardim, que está num campeonato, onde "domina" a arbitragem, mas não as regras do jogo, mostrando que vale tudo para conseguir mais uns patacos".
Identifico-me, totalmente, com esta análise. Aliás, neste blogue, desde início, tenho como pensamento chave: "Tudo tem o seu tempo... este governo já teve o seu". O problema, Caríssima Jornalista, é que a "Dignidade" implica, no caso do exercício da política, desprendimento total e isso nem todos podem ter. De tanto se sentarem na cadeira do poder, acabam por amá-la e acabam por ficar reféns das teias pacientemente tecidas. O emaranhado de linhas é tal, o labirinto dos interesses e das pressões é tão complexo que quem aí cai dificilmente encontra a saída. A História explica-nos exactamente isso, o que se esconde por detrás da longevidade política. Os políticos perdem o bom senso e até o respeito por si próprios. Não lhe estou, confesso, a ensinar nada que não saiba, mas apenas a juntar a um texto sério a minha reflexão pessoal. Parabéns.
Ilustração: Google Imagens.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Amigo,

Não tenho cor política, mas tenho uma alma colorida com o pincel de todos quantos de VALOR, passam por mim... Tenho acompanhado (lado a lado) os seus últimos passos! Acima de tudo respeito-o e compreendo-o! Sei que não deve ter sido fácil tomar a Decisão... Há momentos na vida (por mais breve que seja) que o leme deve tomar outro rumo! Queria deixar-lhe as Palavras de Paulo Freire: "Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade".
Os comentários feitos no DN on-line são reflexo de pura ignorância e mal-dizer gratuito. Conforta-me o seu silêncio... É ele que muitas vezes conserva a nossa Dignidade! Caro AMIGO, as ervas daninhas morrem secas, mas as árvores, essas, Morrem de PÉ! Na minha alma, continuarei a ser pintada com as suas palavras, assim como na alma de muito Boa Gente! E o caminho não termina no FIM! O FIM só chega para ensinar-nos que existe sempre um RECOMEÇO!
Um forte ABRAÇO,
Klara Fernandes