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sábado, 8 de outubro de 2011

DIA DE REFLEXÃO. DE QUÊ?


Bom, mas hoje é dia de reflexão. Não sei para que serve, ou melhor, interrogo-me, se servirá para alguma coisa? Se terá alguma justificação! Melhor seria que, hoje mesmo, fosse dia de eleições. Sejamos claros: alguém terá alguma coisa a reflectir ou servirá para mais uma inauguração, para mais uns contactos, ou até mesmo para afinar a máquina dos que vão votar acompanhados e para acertar o transporte de doentes, acamados e de outros até às urnas? Ora, o designado dia de reflexão é uma treta. Nem do ponto de vista teórico se justifica. A formação de uma ideia e de um posicionamento político, pelo menos pela minha longa experiência de campanhas eleitorais, forma-se muito tempo antes.

Há coisas espantosas: esta manhã, como sempre acontece, a Região amanheceu sem propaganda eleitoral. Tudo bem, não contesto a medida, não porque os cartazes venham a influenciar o voto seja lá de quem for. O voto está, globalmente, decidido e não são os cartazes que virão influenciar o sentido de voto. A região fica limpa dos cartazes, do meu ponto de vista, porque sendo uma terra de turismo, porventura ficará mais interessante para quem a visita. Nada mais do que isso. O que para mim é espantoso e merecedor de análise, é o facto de esta ser uma terra onde não se cumprem os mínimos que a democracia exige: desde o Parlamento ao Jornal da Madeira passando pelas inaugurações quase em cima do acto eleitoral, mas a propaganda, essa, tem de ser retirada. No fundo penso que isso tem mais a ver com os interesses do PSD do que com tudo o resto. Lá fora, no Continente e em todos os países, a propaganda é retirada aos poucos (defendo até que exista um prazo) mas aqui, na Quinta-feira, começa a ser retirada. Posso até concordar com a medida, todavia, a curiosidade está quando se comparam os comportamentos. Enfim, coisas que a História, um dia, narrará, no quadro da teia que foi tecida ao longo de todos estes anos, onde nada escapou ou escapa ao controlo da máquina laranja.
Bom, mas hoje é dia de reflexão. Não sei para que serve, ou melhor, interrogo-me, se servirá para alguma coisa? Se terá alguma justificação! Melhor seria que, hoje mesmo, fosse dia de eleições. Sejamos claros: alguém terá alguma coisa a reflectir ou servirá para mais uma inauguração, para mais uns contactos, ou até mesmo para afinar a máquina dos que vão votar acompanhados e para acertar o transporte de doentes, acamados e de outros até às urnas? Ora, o designado dia de reflexão é uma treta. Nem do ponto de vista teórico se justifica. A formação de uma ideia e de um posicionamento político, pelo menos pela minha longa experiência de campanhas eleitorais, forma-se muito tempo antes. Na própria campanha é residual o número de pessoas que alteram as suas convicções e sentido de voto. Mesmo quando aparecem mais de 30% de indecisos, estou convencido que eles dispõem já de uma tendência estruturada (por convicção, por interesses ou por ausência de pensamento). Aliás, por uma ou outra razão não a divulgam nas sondagens, mas tal não significa que não tenham uma intenção. Na Madeira, então, os indecisos (trata-se de uma mera convicção) assim se manifestam por bastas razões de medo.
Amanhã, veremos, se o povo entendeu as mensagens, entre o descalabro do PSD e as propostas portadoras de futuro. Só o PS entregou aos eleitores quase meio milhão de documentos. Terão lido? Não sei!
Ilustração: Google Imagens.

2 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro André Escórcio

Não discordo do que diz. Mas acho que é um posicionamento de quem está muito ligado à política.
Acredito que, para o cidadão comum como eu, o espectáculo das campanhas, quase sempre de fraca qualidade, não lhe dá grande tranquilidade. E a profusão de cartazes, para os quais mal olho por estar farto, é algo que se vê desaparecer com grande alívio.

Na madeira, felizmente, ainda sobra muita coisa que dá gosto ver, a despeito da "cimentação". E o desparecimento súbito dos cartazes é muito agradável. Pode crer.
Quanto ao dia de reflexão, vejo-o apenas como um dia a menos de sofrimento...

André Escórcio disse...

Obrigado pelo seu comentário.
Sim, não coloco em causa o "desaparecimento súbito" da propaganda. Aceito-a. Só que gostaria que, simultaneamente, se cumprisse a Democracia em toda a sua extensão. Esses comportamerntos díspares é que me incomodam. Incomodam ao meu Caríssimo Amigo, com toda a certeza.