Olho
para aquele naipe de governantes e interrogo-me: como é possível aturar estas
figuras, com discursos repetitivos, que fogem às questões, que citam Einstein
com um desplante e insensibilidade social arrepiante, que não trazem nada de
novo e que apenas querem manter o poder. Isto tem de ter um fim, mesmo que os
muros sejam muito altos. Esta acomodação, estes silêncios enervantes, este
discurso de hoje do presidente do governo que foi mais do mesmo, esta monumental
mentira política que foi construída, esta pobreza que cresce, este desemprego
que não pára, então tudo isto não terá de ter um fim? Terá concerteza! O filme,
mesmo sem legendas, será compreendido por todos, mesmo por aqueles que agitam
bandeiras naqueles jantares à borla.
Shakespeare: words, words, words, nothing, but words. |
Ora, na Assembleia, com o
devido respeito pelo Órgão, o que lá se passou deixa transparecer a sessão de
cinema na Guiné-Bissau. O Plano e Orçamento para 2012 foi aprovado, embora com
23 deputados a dizerem muito mal do filme, mas fora daquela "tabanca" em jeito
de hemiciclo, a ideia que fica (os tempos mais próximos o dirão) é que temos uma
população que olha para aquilo e pouco ralada está com as legendas ou se as
figuras se movimentam da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita.
Sabem que estão a seguir uma coboiada, mas o enredo da história e se o xerife
tem razão ou não, para já denunciam que não estão para aí virados. Mas vão estar. Não
levará muito tempo e poderão saltar o muro para verem o filme tal qual foi
produzido. E responsabilizará o produdor-realizador. É difícil essa
movimentação, eu sei, até porque ao longo de trinta e tal anos, construíram muros muito
altos, com muitos arames e colocaram, por todo o lado, muitos seguranças ou válvulas de segurança.
A verdade é que, ainda
hoje, olhei para aquele naipe de governantes e interroguei-me: como é possível
aturar estas figuras, com discursos repetitivos, que fogem às questões, que
citam Einstein com um desplante e insensibilidade social arrepiante, que não
trazem nada de novo e que apenas querem manter o poder? Isto tem de ter um fim,
mesmo que os muros sejam muito altos. Esta acomodação, estes silêncios
enervantes, este discurso de hoje do presidente do governo que foi mais do
mesmo, esta monumental mentira política que foi construída, esta pobreza que
cresce, este desemprego que não pára, então tudo isto não terá de ter um fim?
Terá concerteza! O filme, mesmo sem legendas, será compreendido por uma outra
maioria, mesmo por aqueles que agitam milhares de bandeiras naqueles jantares à
borla.
Os discursos desta manhã dos dois representantes do PSD (do líder do grupo parlamentar, senhor Jaime Ramos e do Presidente do Governo, Dr. Alberto João Jardim), foram muito claros quanto à ausência de respostas para os problemas que a Madeira tem para resolver. Do líder do grupo parlamentar do PSD retive as seguintes palavras-chave: covardes, vendilhões do templo, corruptos, traidores, comentadores de meia tijela, gente falsa, medíocres, hipócritas, arruaceiros, mercenários, mentirosos, carácter de malvadez, betinhos, mentes colonialistas; do Dr. Jardim, fiquei com a sensação que se tratou de um copy-past, com algumas naturais adaptações, dos discursos dos anos anteriores. Pobre, muito pobre, porque voltado para o passado, para o ataque às pessoas que se lhe opõem e, portanto, sem uma leitura do atual quadro e respetivas saídas da situação que garantam prosperidade para os madeirenses e portosantenses. Um discurso que repete o passado, dele apenas se pode esperar a repetição dos mesmos erros no futuro. Enfim, o governo continua a ver o filme ao contrário!
Os discursos desta manhã dos dois representantes do PSD (do líder do grupo parlamentar, senhor Jaime Ramos e do Presidente do Governo, Dr. Alberto João Jardim), foram muito claros quanto à ausência de respostas para os problemas que a Madeira tem para resolver. Do líder do grupo parlamentar do PSD retive as seguintes palavras-chave: covardes, vendilhões do templo, corruptos, traidores, comentadores de meia tijela, gente falsa, medíocres, hipócritas, arruaceiros, mercenários, mentirosos, carácter de malvadez, betinhos, mentes colonialistas; do Dr. Jardim, fiquei com a sensação que se tratou de um copy-past, com algumas naturais adaptações, dos discursos dos anos anteriores. Pobre, muito pobre, porque voltado para o passado, para o ataque às pessoas que se lhe opõem e, portanto, sem uma leitura do atual quadro e respetivas saídas da situação que garantam prosperidade para os madeirenses e portosantenses. Um discurso que repete o passado, dele apenas se pode esperar a repetição dos mesmos erros no futuro. Enfim, o governo continua a ver o filme ao contrário!
Ilustração:
Google Imagens.
4 comentários:
Lembro-me sempre que minha avó tinha, na sabedoria dos seus muitos anos, uma expressão muito engraçada sempre que eu me queixava de que algumas colegas eram mal educadas. Dizia ela: o boneco, minha filha, o boneco.
E o que era o boneco?
Agarra-se num lenço de assoar (limpo já agora, abre-se e puxa-se pelo centro, ficando, portanto, com as pontas caídas. Depois aperta-se pelo meio, torce-se um bocadinho para se poder aguentar de pé e põe-se em cima da mesa. E deixa-se o malcriado literalmente a falar para o boneco. Podem experimentar. Garanto que o jaiminho subia pelas paredes. Abraço
Caro André Escórcio
Se acontecesse o contrário do que aqui conta é que seria de estranhar.
Eles querem fazer crer que continua na mesma. Mas só se engana quem quer ser enganado.
Obrigado, Violante, pelo teu comentário.
Era necessário que toda a oposição, mesmo que de forma pouco elegante, tomasse uma atitude dessas. O Povo tem de perceber que está a ser ludibriado. Até quando suportará?
Caríssimo Coronel,
Será que esta gente, refiro-me ao governo, não tem um espelho, ou será, apenas, uma questão de MEDO pela perda dos pequenos poderes que, circunstancialmente, detêm?
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