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quinta-feira, 3 de julho de 2014

ESCÂNDALO NO JORNAL DA MADEIRA


Trata-se de um escândalo continuado e sem que ninguém ponha termo à pouca-vergonha. Eis os resultados do JORNAL DA MADEIRA: Resultado líquido negativo no ano 2013: - 2.701.460,36 Euros. Capital Próprio NEGATIVO de 48.194.732,00 Euros. Dívidas a Instituições Bancárias: 6.070.000,00 Euros (ao Banif e BES), dos quais 733.300,00 Euros exigíveis a curto prazo. Continuado incumprimento do Artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais - cobertura dos capitais próprios. 

Que lata!

São os impostos dos madeirenses que estão a suportar esta política de esbanjamento dos dinheiros públicos que tanta falta fazem aos sectores prioritários da economia regional. E Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo do Funchal o que tem a dizer sobre isto? E o Governo da República? E o Senhor Representante da República? E a Entidade Reguladora? E a Autoridade da Concorrência? E a União Europeia? Quem irá pagar aquele desastre quando a bomba rebentar? Onde pára a JUSTIÇA (política) face a uma concorrência desleal, quando o produto é distribuído gratuitamente?
Trata-se de uma opção de governo que deve 6.3 mil milhões e que se dá ao luxo de ter um jornal para a sua propaganda. Enquanto isso, parece dizerem aos pobres: aguentem... comam papel! Como é que isto é possível? E aqui coloco duas questões essenciais: primeira, a atitude de desleixo ou de medo dos órgãos de soberania face a uma situação de todo condenável, simplesmente porque, não faz sentido, por vocação e missão, que o governo seja proprietário de um jornal; segundo, será que os mentores desta vergonhosa promiscuidade política, não sentem remorsos pelo "roubo" que fazem aos madeirenses e portosantenses, para a sua própria  promoção? A resposta a estes dois aspectos parece ser óbvia para qualquer pessoa com um mínimo de princípios e de valores. Por um lado, coloca-se a exigência das instituições de controlo zelarem pela defesa dos cidadãos; por outro, que os próprios governantes não tenham pudor pelo descarado e intencional desvio de dinheiro público para um jornal que deveria ser privado. Se a Igreja Católica madeirense, inicialmente detentora do título, não está interessada em reavê-lo na sua plenitude, pois bem, assuma, de uma vez por todas, que nada tem a ver com o seu estatuto editorial. Se quer estar no processo, o governo que o devolva com todo o passivo acumulado, sem subsídios anuais para tal fim. Em terceiro lugar, se a Igreja e o governo não estão interessados, melhor ainda, que seja vendido a um privado pelo valor de todo o passivo. E ponto final, os madeirenses e portosantenses é que não devem suportar os encargos, mensais, anuais e toda a gravosa situação financeira, por força de um interesse político-partidário egoísta e oportunista.
Ilustração: Google Imagens.  

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