Sorrateiramente, de forma muito pensada, numa tentativa de não permitir o contraponto por parte das organizações sindicais, o ministério da Educação marcou, com um intervalo de três dias úteis, uma "prova de avaliação de competências e capacidades" para mais de 4000 professores contratados. Independentemente de outras leituras que, aliás, já as desenvolvi neste blogue, esta é uma atitude que só tem uma classificação, apenas com duas palavras, para quem a tomou: desonesto e prepotente. Lamento, por isso, ter lido, ainda ontem, no Jornal de Notícias, a posição do socialista Augusto Santos Silva, ele que foi ministro da Educação, concordante com esta prova, através de uma esfarrapada justificação: "(...) para repor alguma equidade entre candidatos que se formaram e foram classificados em condições muito díspares". Fiquei furioso ao ponto de exclamar: entre o Crato e este Augusto, a este propósito, que venha o diabo e escolha. Simplesmente porque a avaliação sempre foi díspar e subjectiva, entre escolas e entre professores que leccionam a mesma disciplina. Há sempre um grau de subjectividade entre dois avaliadores, imagine-se entre centenas! O respeito que deve existir pelas instituições formadoras e pelos respectivos professores, onde se enquadram catedráticos, do meu ponto de vista, deve ser tido em consideração. Augusto Santos Silva é Sociólogo e Professor Catedrático da Faculdade de Economia do Porto. Mas também não estranho certos comportamentos. Este Augusto também já participou no Clube Bilderberg. Para mim está tudo dito.
A mim, autor deste blogue, também não me cheira bem! |
O seu artigo é uma no cravo ou no "crato" e outra na ferradura. Diz e bem que Crato destruiu o programa de modernização escolar, destruiu o programa Magalhães, destruiu as Novas Oportunidades, destruiu a avaliação dos professores, destruiu o inglês no 1º Ciclo, está a destruir o sistema científico, está a destruir o sistema profissional, está a destruir a relação de confiança com o ensino superior (ora aí está o contra-senso em relação à prova de avaliação de conhecimentos dos professores), semeia a confusão na fileira profissional e politécnica, enfim, dá no Crato forte e feio, chamando-lhe "salteador", de "instinto sádico cujo prazer é magoar e destruir", mas neste vergonhoso vexame aos professores que têm servido o sistema educativo, coloca-se ao lado de Crato. Não entendo, nem os professores, em geral, entendem. Que se exija das instituições formadoras uma redobrada atenção na formação docente, tudo bem. Colocá-las em causa, parece-me desajustado. Há bons e menos bons professores, tal como existem em todas as profissões, inclusive, entre os que se formaram em Sociologia.
Ilustração: Google Imagens.
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