Ele vai a todas. Há dias li que o "chefe" ia dar o pontapé de saída numa loja de crepes. Nos registos oficiais passará a constar como a enésima inauguração. Mais uma voltinha e mais um discurso, continuando a saga de falar muito e nada dizer de novo. Seja como for, a dita inauguração destinou(a)-se a celebrar o crepe. Talvez os proprietários da empresa, em um acto de inovação, devessem incluir no menu: "Crepes de laranja à moda de Jardim".
Ele é hábil a fazer crepes. Como ninguém, ao longo de trinta e seis anos, o "chefe" desta cozinha, manifestou um jeitinho para misturar ovos inteiros, com açúcar e farinha do mesmo saco. É especialista em leitinho através das imensas tetas que alimentou na vacaria local. Hoje, prova-se que sempre soube levar a "massa" à frigideira e a cozê-la em lume brando. A sua experiência, face à concorrência de novos "chefes", provam a mestria em cozê-los sem estorricar. Vira-os de um lado e do outro, jogando-os ao ar e virando-os como qualquer cozinheiro com estrela Michelin.
O recheio que está a preparar dá-lhe gozo. Já tem um "tachinho" para juntar mais ovos, gemas, ah... e a raspa de laranja e o suminho da mesma que concedem o significado ao crepe! Todos os dias entretém-se a "bater" (n)o recheio e, no momento certo, levá-lo-á ao lume brando. Servi-los-á frios, como convém, no momento certo, no banquete de 19 de Dezembro. Anteontem, outro "chefe" já veio dizer que este deverá ser eleito o crepe do ano!
Ilustração: Google Imagens.
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